quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Dia seguinte

Hoje é o dia seguinte, agora é de manhã e minha cabeça dói. Estou ainda um pouco tonto. Caminhei pelas ruas tentando lembrar o que eu havia escrito aqui ontem, apenas coisas embaralhadas povoavam minha mente. Mas eu sabia do que se tratava. O foco não tinha sido perdido.
Minha vida tá bem bagunçada. Quanto mais eu corro pra pôr as coisas em ordem, mais coisas desorganizadas me aparecem. Na verdade, tá um caos.
Me restam duas grandes metas a quais quero cumprir. E depois quero sumir. Pretendo deixar pra trás a pequena cidade onde moro e ganhar o mundo. Se tiver alguém ao meu lado pra isso, ótimo. Senão, foda-se. Desde sempre tenho em minha cabeça que não nasci pra sofrer, pra me preocupar, pra viver uma vida restrita ao trabalho e obrigaçoes cotidianas. Mas para se obter coisas materiais, é preciso trabalhar. É o ponto onde estou e é os caprichos a quais estou me submetendo. Depois de cumpridos esses tais caprichos, que são difíceis e exigem tempo e desgaste mental, eu quero me libertar.
Talvez eu vire um rippie ou saia à toa por ai, sem ter lugar certo pra ficar, nem destino de amanhã. Talvez eu me junte a um grupo de estranhos e saia por ai bebendo tudo, fumando tudo e rindo de tudo, sem ter a mínima preocupação com nada. Talvez, talvez, talvez e talvez. Não gosto de viver de "talvez". Gosto de viver de certezas exatas, de momentos pelos quais decido algo e vou imediatamente em busca disso. Mas para esse plano é diferente. Primeiro preciso cumprir essas etapas por aqui e elas estão desgastantes.

Minha cabeça ainda dói. Noto que estou sem paciência hoje. As pessoas falam comigo e eu não consigo dar atenção. Estou perdido em pensamentos. (suspiro) Sinto que o dia vai passar lento hoje. Não gosto quando há coisas inacabadas entre duas pessoas. Não gosto de complicar nada de propósito e eu sou exatamente o que falo que sou. Não escondo o que sinto e não to nem aí pra o que vão pensar os outros. Acontece que certas coisas te matam no cansaço. Há um misto de prazer e angústia que não sei se é compensador ou não. De tarde tudo está bem, à noite tudo muda. Não sei se sei lidar com isso, pelo jeito não.

Sempre sustentei que felicidade vai e vem. Mas jogá-la nas costas de outra pessoa é um peso grande demais. Não quero fazer isso. Não quero seguir esse rumo. Prefiro pensar que felicidade depende de cada um, das escolhas feitas e do modo como se vê a vida e encara as coisas. É muito legal amar, ter alguém ao seu lado para dar e receber carinho. É demais. Porém precisa-se de cumplicidade. Muita. Precisa de confiança, precisa-se "querer bem"! Quem quer bem não fere nem machuca, não te diz palavras duras sem motivo e nem pisa em você por qualquer razão absurda e ainda por cima não explica. Quem quer bem apenas te faz o bem. Te passa tranquilidade e equilíbrio, mostra-se presente e te dá segurança de ter alguém pra contar.

Não sei onde vou parar com esse papo. São apenas coisas que estão se passando pela minha mente. Portanto vou encerrar por aqui...pois hoje ainda é o dia seguinte, agora ainda é de manhã e minha cabeça ainda dói... RR

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