terça-feira, 27 de setembro de 2011

Uns dias nesse lugar...

Sem o despertar do maldito relógio...


Sangue brilhante descendo aos pés
Peso irrelevante numa cidade de mentira
Roupas cintilantes em pessoas se divertindo
Uma estrada em curvas
Uma vida sem perdas


Uns dias nesse lugar...


Onde você realiza seus sonhos
e não prejudica ninguém
Onde não há limites
Nem descontentamento


Sol nasce bonito
E sempre há platéia animada para ver
Um aplauso ao fim da tarde
Uma dança animada pela noite
Sexo na madrugada
Orgias escancaradas


Meninas de vestidos coloridos
Curtos como um pavio queimando
Se esfregam numa só sintonia
Eu quero observar de perto
Preciso fazer parte
Cantar sem parar
Sem me preocupar
Com o que vai pensar quem me ouvir


Uns dias nesse lugar...


Sorrisos e bate-papos interessantes
Sobre a vida, o mundo e a mente das pessoas
A paranóia vivida lá fora
E a gana deles por terem sempre mais do que já têm


Sem tempo para futilidades exageradas
Aqui ninguém precisa disso
Ninguém precisa se sentir só
Mas se quiser assoviar sozinho
É só ficar à vontade
Aqui, o livre arbítrio prevalece


Num lugar sem meio termos
Sem enganação nem corações partidos
Aqui todos fazem o que querem
E não tem razão pra negativismo
Aqui não há pessimismo


Alto astral
Brilho no olhar que contempla o mar
Banho no oceano
Sem roupa, sem pressa


Uns dias nesse lugar...


Aqui é sempre verão
Aqui ninguém tem religião
Ninguém segue regras idiotas
cultuando leis a Deus
que o HOMEM criou


Soam vozes que falam o que pensam
Sem demagogia, censura, ou qualquer porra assim
Não existe violência, não existe desafeto
Aqui não pode entrar invejosos
Esses são banidos antes de cruzar a porta


Aqui é um lugar cheio de amor
e de ares agradáveis
Onde o som toca alto
E ninguém se incomoda
Tem espaço de sobra para todos

Nesse mundo cada um vive como quiser
Onde tudo vira nada num estalo
Um simples momento que tudo volta a ser
Como realmente é
Quando você percebe que não está


Uns dias nesse lugar...


No mero instante em que você
Realmente acorda...


Com o despertar do maldito relógio...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

VIP's

Sempre gostei de filmes brasileiros. Principalmente filmes de dois caras: Selton Mello e Vagner Moura. Ontem assisti ao "VIP's". Sensacional.


Acreditar na própria mentira é a realidade de muitos.









Em Vips, Marcelo (Wagner Moura) não consegue conviver com sua própria identidade, o que faz com que assuma a dos outros.





Isto faz com que passe a ter diversos nomes, nos mais variados meios, onde aplica seguidos golpes.


Um dos mais conhecidos é quando finge ser Henrique Constantino, filho do dono de uma empresa de aviação, durante um Carnaval em Recife.


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Lições de Inglês -- Creep -- Radiohead

Depois de um tempo enferrujando, tomei vergonha na cara para enriquecer um pouco meu paupérrimo inglês. Num dia desses conheci "Creep" do Radiohead. E ela virou a música favorita do meu ano de 2011. Ela sou eu.
Lançada em 1993, num disco chamado "Pablo Honey".


Deixa que volte... Viva o ar, viva o livre arbítrio, viva à alegria de viver.

Seguimos.












CREEP - RADIOHEAD



When you wer
e here before,
Couldn
't look you in the eye.
You're just like an angel,

Your skin makes me cry.
You flo
at like a feather,
In a beautiful world
I wish I was special.

You're so fucking special.





But I'm a creep, I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?

I don't belong here.




I don't care if it hurts,
I wanna have control.
I want a perfect body,
I want a perfect soul.

I want you to notice,

When I'm not around.
You're so fucking special,

I wish I was special.




But I'm a creep, I'm a weirdo.

What the hell am I doing here?

I don't belong here.




She's running out again

She's running,
She run, run, run, run, run.





Whatever makes you happy,

Whatever you want.

You're so fucking special,

I wish I was special.



But I'm a creep, I'm a weirdo.

What the hell am I doing here?

I don't belong here,

I don't belong here.











Aberração - Radiohead





Quando você esteve aqui antes,

Nem pude te olhar nos olhos.

Você é como um anjo,
Sua pele me faz chorar.

Você flutua como pluma,

Num mundo perfeito.

Eu queria ser especial,

Você é tão especial.





Mas eu sou uma aberração, um esquisito.

Que diabos é que eu estou fazendo aqui?
Este não é meu lugar.





Não me importa se vai doer,
Quero ter o controle.

Quero um corpo perfeito,
Quero uma alma perfeita.
Quero que você perceba,

Quando eu não estou por perto.

Você é tão especial,

Eu queria ser especial.





Mas eu sou uma aberração, um esquisito.

Que diabos é que eu estou fazendo aqui?

Este não é meu lugar.





Ela está indo embora de novo,
Está fugindo,
Ela se vai, se vai, se vai, se vai, se vai...




O q
ue você quiser para te fazer feliz,
O que você quiser.
Você é tão especial,
Eu queria ser especial.




Mas eu sou uma aberração, um esquisito.

Que diabos é que eu estou fazendo aqui?

Este não é meu lugar.

Este não é meu lugar.




segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Último encontro...

Experimente-me enquanto estou sóbrio. Não deixe que eu fique fora para começar a tentar. Pode me ver dançar conforme a música. Não me peça para inventar um novo riff. Ou um novo refrão. Eu farei por livre força de vontade. Uma idéia genial me aguarda em qualquer esquina. Veste pouca roupa e diz pra eu relaxar. Me dá umas doses do seu drink diabólico. Enquanto minha mente vai entrando num estado de giro lento. E eu começo a falar demais. Digo: _Calma, a gente vai apressar as coisas dessa forma! O som tá alto, mas eu posso ser ouvido. _Não quero que um dia, eu seja responsável pelo seu choro. É melhor evitar sentir. É melhor começar a arrumar de novo as coisas e sair daqui. Mas ela diz: _não...


Manda eu sentar e calar a boca...


E eu que pensei que era só uma menininha romântica.


Diz que me quer sem intenção. Que seja só o meu corpo à sua tentação. Vejo suas pernas dentro daquele vestido curto. Branco como a neve. Sorri de forma irônica. Diz que essa noite fará eu sofrer. Me dá um gole do copo, outro da sua boca. Sem encostar na minha. Eu tô sentado na cama. Com lençóis brancos, do mesmo tom das cortinas. Diz pra eu ficar quieto e vai tirando a minha roupa. Eu obedeço. Disse ela que amanhã eu não precisaria ligar, não precisaria me importar. Que deveria apenas seguir a minha vida. Mas que naquela noite, eu seria dela. Me encarava com o Diabo no olhar. Eu não tinha escolha. Tava com um misto de tesão e tensão. Àquela altura já estava eu só de cueca, com os punhos amarrados na cabiceira da cama. Ela dançava pra mim. Depois encheu mais um copo daquilo que bebíamos e derramou sobre meu peito. Lambeu até a última gota escorrida. Depois utilizou suas unhas roxas e afiadas para arranhar-me. Perguntou se eu estava gostando. Eu encarei-a em silêncio. Sussurrei: "Vá em frente".



Então ela percorreu meu corpo milimetricamente com a língua. Vagarosa e sedutora. Eu já tava louquinho. Me chupou inteiro, com vontade, como se fosse a última chupada que ela daria na vida. Dançava mais um pouco. Esfregava seu corpo no meu enquanto eu não podia fazer nada. Quando deixou-me nú por completo. Distraía minha orelha com sua língua, fazendo que minha alma se arrepiasse. Eu já não tava aguentando. Mas não podia fazer feio. Segurei. Pensei numa xícara de café amargo. Num pão velho. Num dia de nevasca numa montanha fria. Mas nada era suficiente para conter aquele vulcão em erupção sobre mim. Apertou forte minhas pernas e levantou-se. Recomeçou sua dança de serpente. Eu, mais do que pronto, estava em estado de delírio. Ela tirou lentamente o vestido. Calcinha preta, sem sutiã. Se agachava no meu quadril e balançava seus cabelos enlouquecida ao som da música.



Pegou as taças e brindou àquela noite. Me deu da bebida e pergutou se eu estava preparado. Sorriu insana. Só fiz um mero sinal com os olhos. Estava sedento, alucinado. Então ela rebolou na minha frente. Deixou que eu passeasse com minha língua no tecido fino de sua calcinha. Quase que ultrapassando-o. Sentia-a molhadinha ao extremo. Tanto quanto eu. Com os dedos em minha boca, sentou em mim com delicadeza. Depois dançou ensandecida enquanto eu estava dentro dela. Seus olhos entreabertos me diziam que ela estava se divertindo muito com a situação. Depois saiu e me deu na boca seu gostinho. Enquanto me chupava da forma mais deliciosa já vista e sentida. Voltou a sentar-se em mim... sem fim próximo, com as unhas cravadas em meu peito, senti seu suor cair sobre minha barriga, como que sendo um afrodisíaco... até um sensacional orgasmo duplo.




Depois disso ela veio com outra coisa e fez eu beber. Dai então lembro da música ficando indecifrável. E só.



Acordei no outro dia, com uma toalha branca tapando meu membro, amarrado do mesmo jeito que ficara à noite. Sobre a toalha, um bilhete dobrado.




Depois de custar a me desamarrar, li o que dizia:


"Espero que tenha gostado do nosso último encontro tanto quanto eu gostei. Já estava de malas prontas para partir hoje. Mas queria me despedir de você de forma especial. Como havia lhe falado, não me ligue, até porque joguei fora meu celular. Quero uma vida nova e de mim você terá essa lembrança. Beijos e cuide-se."


E eu que pensei que era só uma menininha romântica.


De romântica não tinha nada...