sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

E se fosse o último...

Posso ser de várias maneiras
na verdade o tempo me molda
e o vento que sopra
determina minha direção de amanhã

E o que no mais interessa?
eu to um tanto fora de mim
Quero beber todas até cair
e não to me importando muito
Nesse último dia

mas me diga...
se hoje fosse o último dia
e se não houvessem outros
você faria qualquer coisa pelo que quer
amaria sem limites, viajaria
sonharia, não perderia tempo?

Pois agora será assim
Rasgo alguns conselhos
e tudo que não serve pra mim
Fique de joelhos
Que é chegada a hora de rezar
Até o prazer acabar

Hoje eu não vou estar nem ai
pra todos esses tipinhos
certinhos e comportados
hoje eu quero queimar
junto com a fogueira de um lual
exportar-me para fora do meu corpo
fazer com você na posição que doer
amanhecerá o dia, o adeus da última noite...

mas me diga...
se hoje fosse a última noite
e se não houvessem outras
Você faria qualquer coisa pelo que quer
amaria sem limites, viajaria,
sonharia, não perderia tempo?

Pois agora será assim
rasgo alguns conselhos
e tudo que não serve pra mim
Fique de joelhos
Que é chegada a hora de rezar
Até o prazer acabar

Ainda dá para ir lá
abrir mais uma garrafa
e começar a rir
esperar ficar tonto para levantar
e não achar estranho se cair

O meu rosto já vai ficar vermelho
e à minha direita não há anjos vivos
mas o diabo à minha esquerda ainda não dormiu
e ele tem um X no mapa que ainda não sumiu
me diz que há uma festa diferente que eu devo ir
numa comemoração que não terá seu fim
E que lá é certo que eu possa encontrar você
E isso não vai acabar nem quando o sol nascer

Que terá bebida farta e forte
e seu beijo molhado na minha boca
luzes brilhando numa noite louca
numa surpresa que você vai fazer
pra eu nunca mais esquecer
Nem mesmo depois do último dia

Mas me diga...
Se hoje fosse o último dia
E não houvessem outros
Você faria qualquer coisa pelo que quer
amaria sem limites, viajaria
sonharia não perderia tempo

Pois agora será assim
Rasgo alguns conselhos
E tudo que não serve pra mim
Fique de joelhos
É chegada a hora de rezar
Até o prazer acabar

Apague as luzes do quarto
Que eu quero decifrar seu corpo
com o toque da minha língua
e se eu chegar onde não devo
não me peça pra parar
antes da madrugada que se estende
A última madrugada...
Ou a primeira de muitas outras

Mas me diga...
Se essa fosse a última madrugada
e se não houvesse outras...
Me diga... RR

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

FIlme em mais uma noite inquieta

Precisava driblar a mente. Já to me irritando com isso ultimamente. Agora são quase 2h e 30min da manhã, e eu ainda não consegui. Me encontro aflito. Não sei!

Bom, mas independente disso o que segue é que ha poucos minutos terminei de assistir a um filme bem intrigante que eu gostei pra caramba. To até com medo de ir dormir e sonhar o sonho de um sonho e acabar preso lá...e não voltar...bah! Se bem que acho que se eu for sonhar essa noite, independentemente de que filme eu vi, o sonho não vai ser muito legal não. Bom, chega, né. Fuiii. RR



Em um mundo onde é possível entrar na mente humana, Cobb (Leonardo DiCaprio) está entre os melhores na arte de roubar segredos valiosos do inconsciente, durante o estado de sono. Além disto ele é um fugitivo, pois está impedido de retornar aos Estados Unidos devido à morte de Mal (Marion Cotillard). Desesperado para rever seus filhos, Cobb aceita a ousada missão proposta por Saito (Ken Watanabe), um empresário japonês: entrar na mente de Richard Fischer (Cillian Murphy), o herdeiro de um império econômico, e plantar a ideia de desmembrá-lo. Para realizar este feito ele conta com a ajuda do parceiro Arthur (Joseph Gordon-Levitt), a inexperiente arquiteta de sonhos Ariadne (Ellen Page) e Eames (Tom Hardy), que consegue se disfarçar de forma precisa no mundo dos sonhos.

Vem...

Vem...vem sim
que eu quero contribuir para a felicidade
vem...vem pra mim
eu estou a esperar por esse momento por semanas

Chegue aqui com aquele ar de safada
Seu sorrisinho malicioso
e aquele olhar que eu tanto adoro
Eu tremo, sabia?
E quero que tudo aconteça
por uma vez mais
Vem carregar minha sorte
que tá ausente ultimamente

Aqui só jaz saudade
E a minha outra metade
que vaga por ai
e vem me fazer sorrir
num momento espetacular
eu quero poder registrar
na minha retina teu corpo nu
teu cabelo puxado
meu corpo suado
Aquele gosto de depravação

Acelera o meu coração
com brindes de champagne
E me dá a tua mão
e deixa eu fazer o que quiser
Sabe que te quero como mulher
aquela que me faz subir
me deixa tão alto
que sinto medo de olhar para o chão

Então me carregue com você
até eu adormecer no teu colo
pedirei enquanto insistires em mandar
e farei questão de te abraçar

Me entenda e me suporte
quando eu estiver com o gênio forte
saiba como estou ha tempos sonhando
e aqui eu continuo te esperando

Pra repetir tudo de forma inédita
a data tão esperada
a rua iluminada
que vai preceder o escuro do nosso encontro
que vai passar rápido, eu sei
mas eu jamais esquecerei
de cada detalhe que já ocorreu
e de mais uma vez
que será você e eu...RR

domingo, 26 de dezembro de 2010

Próxima Rodada

É interessante como chega até a minha mente... às vezes me trás coisas ruíns, outras vezes me trazem sorrisos, excitação, disposição. A surpresa da sua reação em mim ainda é algo que me fascina e deixa na espectativa de como vai ser. Se me tornará mas falante do que já sou ou me atirará ao silêncio de uma alma que não está ali. Da maneira como se instala deixa impossível que uma possível busca de respostas em si tenha efeito positivo, isso é ilusão das grandes. Muda de cores e de gostos. De quantidades e recipientes...quando não se apresenta direto no bico da fonte que a sustenta. Me atira nas ruas até tarde e me deixa meio sem horário de nada. Me provoca quando eu olho. E arrisca minha cabeça em alguma avenida dessas. Nebulosamente atinge minhas vistas e a primeira coisa que faço é virar ou quebrar alguma coisa, acidentalmente ou não. Esse é o sinal da sua chegada. Estende-se um tapete vermelho na minha cabeça e o código de entrada já foi aceito e liberado. Dai por diante ninguém sabe. Nem mesmo eu. Ainda sim, pura ou misturada, aguardo a próxima rodada!

sábado, 25 de dezembro de 2010

Ah...o Natal!!!

Existe no mundo uma minoria de pessoas que, quando chega as datas de fim de ano, entram numa breve e pesada depressão instantânea e sem explicação. Infelizmente, eu faço parte desse seleto grupo afortunado com essa infelicidade. Pois é. Já faz alguns anos que tudo se repete. Nesse ano eu esperava algo diferente, e pra falar a verdade, ainda espero. Pois temos a virada e talvez coquiste meu desejo de não entristecer. Ontem foi 24, a véspera do natal. Ah... o natal! Meus pais não acreditam no natal. Não acreditam que essa data marque o nascimento de Cristo nem nada disso que o povo sustenta ha tanto tempo. Beleza, até aí tudo bem, democracia e liberdade de pensar e agir. Ótimo. Mas porquê então eles compram presentes e desejam "feliz natal"? Porque se confraternizar nesse dia que é tão igual aos outros? Isso, de certa forma, já me afeta negativamente. Ah... o natal. Meu dia foi de muito trabalho e eu fiquei muitíssimo ocupado, porém sem esquecer que o dia era véspera do natal. As pessoas me perguntavam o que eu faria e eu não tinha o que responder, já que não sabia. Eu fico assim, despreparado pra qual tipo de reação vou ter. Oscilava entre ficar sozinho, dormir, sair pro mundo, ir a festas, me embebedar dentro de casa ou na rua, enfim, realmente não sabia. Meu amor está longe e eu não o teria em mais um natal. Ah...o natal. Sai do serviço quase 22h. Em poucos minutos já estava em casa. Minha mãe cumpria seu turno da noite no hospital, que é onde trabalha noite sim, noite não. E meu pai estava estirado no sofá quase cochilando. Entrei em casa...olhei pra tudo ao meu redor. Tinha uma bandeija de salgadinhos na mesa e outra de bolo. Coca cola na geladeira e presentes em cima da cama. Não tive coragem de comer, beber, nem abrir nada. Não deu outra, o quarto foi meu imã e a cama meu refúgio. Lá estava eu deitado. Sem um pingo de sono nem uma gota de ânimo. Uma criançada infernal com o diabo no corpo não parava de soltar rojões e fazer uma zoeira do caralho na minha janela. Ainda assim, por mais repugnantes que fossem, eram melhores do que eu naquele momento. Pois riam e se divertiam enquanto eu estava enterrado na cama. E assim o resto do mundo na rua também ria e se divertia com a chegada do natal e a espectativas de uma noitada a mais sem ter que acordar cedo noutro dia. Quem dera eu nesse clima. Um amigo me ligou, Newton, vulgo "Morto", perguntando o que eu ia fazer da vida. Ele estava junto com outro amigo, um dos mais pinguços da "turma", que um dia foi TURMA sem aspas. Ele ligou e eu não atendi. Deixei o telefone tocar até cair. Passados alguns minutos... chorei. Lágrimas escorreram sem razão alguma e minha mente dava um tour por momentos do meu ano, viagens que fiz, momentos bons, alguns angustiantes, acontecimentos recentes e vagou...vagou...vagou...me aterrorizando, me provocando. O meu destino estava sendo traçado em ficar ali naquela cama até pegar no sono em meio ao tiroteio de foguetes que ocorriam no lado de fora. Dai resolvi dar um basta. NÃO era justo que eu fizesse isso comigo mesmo. Liguei para o Morto que prontamente atendeu. Ele ia para a casa do seu irmão e ia dar um tempo por lá, depois resolveria se ia sair ou não, enquanto o Mainar estava, como de costume, jogado na vida disposto a qualquer coisa. Nisso já eram onze e tantas. Decidi que iria sair ao encontro do Mainar. Enquanto arrumava a cama ouvi movimentos do pai pela casa. Fiquei numa imensa dúvida entre colocar camisa de manga cumprida ou uma regata. Seria mais simples uma de manga curta, que resolveria o problema, mas eu era uma pessoa dificil naquele intante. No fim, optei pelas duas. Cheguei na cozinha e o pai disse que eu ia fazer um ficasco com manga comprida num calor daqueles. Não dei ouvidos e disse que ia sair. Ele ficou quieto e eu fui para o quintal. Por mais que algo dentro de mim parecia querer me fazer explodir, eu sentia que não podia sair sem dar um abraço no meu pai. Afinal, ele não é mais um garoto, e na minha mente passeavam pensamentos de que eu tinha meu pai ao meu lado ali, à minha disposição e que daqui há um breve tempo eu posso não ter mais, coisas da vida. E ai não daria pra voltar atrás daquele abraço perdido na véspera de um natal. Ah...o natal. Precisava abraçar o meu pai. Andei uns 100 passos na volta do quintal. Até que finalmente entrei na cozinha e fui em direção à ele. "_Preciso te abraçar", disse eu. Ele abriu os braços e ali ficamos em silêncio num longo abraço apertado e sincero. Eu queria evitar de chorar e até tava conseguindo. Até olhar pra ele e disparar a frase: _"Não adianta, pai, fim de ano sempre me deprime." Desabei um pouco. E ele tentou contornar: "_Isso é da cabeça, filho, é da cabeça". Dei as costas e sai. Com a sensação de vontade cumprida fui até o tanque e lavei a cara. Sai rumo ao centro. Faltavam 10 minutos pra meia noite. No meio do caminho encontrei uma amiga na frente de sua casa com sua família, totalmente contagiados pela alegria e prestes a estourar uma champagne. Abracei todos e compartilhei daquele momento com eles. Uma garoa fina caia e eu segui rumo ao centro da little citty. Chegando lá me deparei com a rua principal praticamente vazia. De longe avistei o Mainar parado na frente de uma loja. Ele me desejou feliz natal, sem graça. Eu apertei a mão dele e disse "_Que natal, Mainar? Que natal?" Contei da minha angústia e ele se identificou. Diz que também sente parecido. No resumo da ópera éramos dois seres semi depressivos vagando pela rua numa noite de natal. Ah...o natal. Várias pessoas me abraçavam e desejavam-me um FELIZ NATAL, e muita saúde, e muita paz, e tudo de bom e blá, blá, blá. Nessa noite eu não consegui dizer FELIZ NATAL a ninguém. Apenas agradecia ou resmungava qualquer coisa. Demos uma caminhada pela rua. Achamos um boteco aberto, mas o dono já estava fechando e nem nos deu assunto. Fomos até um trailer e por lá ficamos. Compramos cerveja e começamos a beber. Aos poucos o local foi enchendo enquanto nós filosofávamos sobre a vida e seus detalhes. Dentre um assunto e outro, analisávamos pessoas aqui e ali. Estudamos um grupo de amigos com um casal sentado em uma das mesas. O casal parecia frio e distante. Estranho. Estavam sentados longe um do outro. A aliança na mão esquerda contava que eram casados mesmo. Comentei com o Mainar que jamais estaria nessa situação. Se tivesse com minha mulher ali, estaria COM ELA, confraternizando com todos, mas ao lado dela de verdade. Enfim, longas análises sobre casais, pessoas aparentemente solitárias, play boys dando banda de carro com som a toda altura pra impressionar e atrair as sem vergonhas pra um abate, meninas lésbicas mais adiante, uma velha tarada louca pra liberar tudo pra qualquer um, um bêbado chato pra caramba que atormentava as funcionárias do trailler desde cedo, um cachorro vira lata que também andava por ali. Sobre tudo isso comentávamos e opinávamos. Logo em seguida apareceu outro amigo, que parou menos de dois minutos por que tinha que ir para a casa da namorada. ok. Também comentamos sobre isso. Parecíamos duas fofoqueiras, só faltava o tricô. "Dali víamos o mundo", eu dizia. E esse era o nosso mundo naquele momento, em pleno natal. Ah...o natal. Nossos corpos não tinham a mínima vontade de sair dali. Era uma cena nostálgica. Bem mais tarde apareceu um outro amigo, o Jociel, que não mora aqui. Sentou-se com nós e ficou um bom tempo. Finalmente decidimos levantar e andar. A chuva caia fraca. Caminhamos um pouco. A rua estava lotada, havia nas pessoas espectativas das festas que estavam rolando ao redor. Fomos até a ponta da rua e ali nossos destinos nos separariam por aquela noite. Eu decidi ir embora, o Jociel ia dar uma última volta e o glorioso Mainar, que atualmente a gente chama de "nosso Mestre", ia ficar noite a dentro e ver no que dava. Ele queria ir para um dos bailes. Encheu o saco de um amigo dele que apareceu do nada, mas este não quis. Rimos muito quando o Mestre Mainar, ao aparecer uma mulher de uns trinta e tantos, solta a bizarra pérola de que "ela é um PITEL!" Ele disse isso! PITEL!!! Tá bom então. Depois dessa rimos muito e eu fui rumo ao lar. Pretendia ficar boa parte da madruga acordado assistindo a algum filme, mas não aconteceu. Cheguei e fui rumo ao sono. Pouco passava das 3h. Na manhã seguinte a missão era ir até Rio Grande almoçar na casa de uma tia, a Leda, que eu carinhosamente chamo de Ledão. Minha mãe já estaria lá e eu e o pai iríamos juntos. Eu ainda não estava com o humor recuperado e meu azedume ainda era notório. Sugeri que fôssemos de moto, assim racharíamos as despesas e não teríamos que pegar ônibus. Convite que foi aceito na hora. Passamos a moto na lancha. Na viagem de meia hora, passamos na parte de cima, que corria um vento bom. Fomos praticamente o tempo todo em silêncio. O Pai que volta e meia tentava puxar algum assunto, mas em vão. Eu ainda estava daquele jeito. Só resmungava respostas óbvias e não dava continuidade. Chegando em Rio Grande, fomos rumo a casa do Ledão. No caminho passamos por um carro de uma senhora com a trazeira danificada, certamente num acidente que havia ocorrido a minutos. Um policial rodoviário fazia o registro. Em seguida um carro cortou a nossa frente e eu tive que desviar bruscamente. Protestei contra ele com buzinassos. Mais adiante, em frente ao posto da polícia avistei um carro vermelho, não era qualquer carro, parecia uma ferrari, completamente destruído. Eis os acidentes de fim de ano. Chegamos no Ledão. Num começo tímido, foi lá que fui recuperando-me, finalmente. Minha mãe estranhou o fato de eu não ter aberto os presentes, quando perguntou-me o que eu tinha achado deles. A comida tava boa, mas só a sobre mesa já teria valido a viagem. O Pai, que se queixava do estômago de manhã cedo, agora repetia infinitamente o doce. Fiquei lá até um pedaço da tarde e finalmente me vi reerguido de novo. De volta com meu bom espírito. Dessa vez vim na barca dos carros, apreciando a paisagem e ouvindo nickelback no meu mp4. Cheguei em casa e aqui estou acabando de fazer esse relato. Agora vou concentrar-me um pouquinho nas minhas aulinhas de inglês...Finalmente livre da sombra do natal. Ah...o natal!!!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Esclarecimentos

Coisa mais bizarra ele sentado olhando pro nada
fumando um cigarro de palha achado na calçada
lixo e luxo separados por uma estrada
vivemos o hoje sem pensar no que virá depois
e grite para todos suas frustrações congeladas

Mãos atadas também se movem
aprende com a própria conformidade
eu to esquecendo de alguma coisa?
eu quero que se foda!!!!

Mas é tão bonito a hitorinha contada
eu ainda não percebi como isso é possível
traço nessas linhas meu próprio suicídio
me esqueço em algum canto seu esclarecimento
mergulhado em um copo de qualquer coisa forte

Porque meus olhos estão assim?
será que devo levantar e prosseguir
sem um rumo certo, mas e o meu protesto?!
Contra tudo que não faz bem
E que não da pra viver sem
Ainda quero que se foda!!!!

Mas porque eu ainda estou falando com espelhos?
Ha tanta gente no mundo disposta a ouvir
Ou eu tô meramente enganado
Acho que devo estar alcoolizado
Porque tudo que eu vejo se multiplica
E eu não quero rasgar meus cadernos

Rascunhos borrados atirados no lixo
O rio corre embaixo da minha ponte
e eu fiquei sem ter onde dormir
Maldita tempestade de horrores
Eu tenho um pedido pra fazer
Desejo que se foda!!!!

Ah, a sinopse tá complicada de entender
então o que me diria de sustentar
essa bobagem toda dentro de sí?
Por fim, acordar e morrer com isso
todos os dias se torna meio repetitivo
Eu quero repetir a música dez vezes
até decorar o que ela quer dizer para mim

oooooohhhhhhhh
Uma luz brilha de repente
acho que deve ser só um farol de algum carro
um desses play boys metidinhos
que andam por ai querendo aparecer

Passou e se foi
com alguma puta em seu banco de trás
se achando o máximo por estar ali
carreirinhas no porta luva
e a noite está feita para os idiotas

Vem até mim outra pendência
igual as que eu quero deletar
após explodir junto com meu corpo
Eu vou acabar com tudo isso
que não está bem esclarecido ainda
Pois espero que se foda!!!!

Ainda assim,
compro pra mim
outra dose
de outra bebida
até que eu adormeça
e minha mente esqueça
de tudo que está aqui
e que eu infecto
com fúteis pontos de vista
de todos eles
em busca de
Esclarecimentos mentirosos
que eu sinceramente
quero se se foda!!!! RR

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Conformismo

Realmente não gosto de gente mandada, acomodada!!! Pessoas enterradas numa caixa cheia de areia e conformismo que é o que acaba tornando-se o dia-a-dia. Gente que passa a vida atrás de um balcão de um bar, ou os que sustentam seus pensamentos retrógrados por tempo indeterminado, evitando mudar de idéia apenas pela teimosia de salientar que TEM UMA OPINIÃO a seguir. Também sinto repulsa por Doutrinas idiotas, formadoras de ceguez que ataca os olhos e as mentes de gente ignorante. Perdoem-me os crentes psicóticos que usam saias até os pés, que não assistem televisão e que não podem ir à uma praia ou a um cinema porque nesse caso, não irão pro céu.
Nesse bolo total inclui-se o povo do nosso país, omisso e hipócrita. Retrato da sociedade é quem a governa. Deputados aumentam seus próprios salários em mais de 70%...Esse filhos da Puta que nós colocamos lá custam milhões aos cofres públicos por ano. E pergunto pra quê? E eu mesmo respondo: PRA NADA!!! Vergonha...absurdo... O Brasil possui um medidor de impostos que apenas em 2010 já registra mais de R$ 1000000.000.000,00 (esses zeros que não acabam mais significam UM TRILHÃO DE REAIS EM IMPOSTOS) e não servem pra nada a não ser encher os bolsos desses políticos de merda.
Defendo a liberdade de expressão e de pensamento. Vôos livres de todo mundo para qualquer lugar. Defendo respeito e honestidade, admiro a perseverança e as mentes abertas. Talvez eu mesmo não tenha uma tanto quanto gostaria. Repudío falta de vontade e conformismo. Tem que protestar quanto a isso!!!! Não é possível que se chegue onde estamos!!! Até quando vamos ficar de braços cruzados dando risada dessa palhaçada toda, HEIN???

Coisas importantes

Escreva sua história todos os dias...planeje, sonhe, decepcione-se, caia e levante mil vezes. Se observar bem todos aqueles que perdem tempo sentindo medo de arriscar, será que já se viu entre eles? Quem nunca exitou? Se mova!!! Não corra! Às vezes se é preciso ter calma. Quantos ja meteram os pés pelas mãos...? Mas souberam como era! Os dois lados da moeda, o céu e o inferno. O fundo do mar e a nuvem mais alta. Voe por ai, e tenha um porto seguro onde atracar. Filhos e filhas, desunião, coisas que jamais compreenderão...educação...vergonha na cara, comodismo e falta de otimismo, coisas que vemos por ai... Congele suas lamentações tão óbvias ou não, ninguém sabe de tudo nem vive tudo. Mas pode ser intenso enquanto existente. Não durma demais, dormirá pelo resto da eternidade quando morrer. Vá menos ao médico e mais à praia. Ajude os outros...o mundo não é só a circunferência do seu umbigo. Ame, não tenha medo de amar temendo sofrer, quem sai na chuva é pra se molhar e quem a evita não sabe o que tá perdendo. Grite, sem vergonha das pessoas em volta, jogue a timidez no lixo e estravaze, pra quê conter-se? Leis existem e são discutíveis. Não machuque de propósito, isso não tem graça. Converse muito sobre tudo com todos, tanto faz o quê, mas sempre se tira algo até mesmo do nada. Aguente a saudade, ela fortifica o que há dentro do coração. Viage muito, não se restrinja à sua pequena cidade. Erre bastante até aprender. Compartilhe coisas, cores, alegrias e tristezas. Tenha alguém pra contar e seja você alguém confiável para todos. Não esconda coisas. Encontre dentro de si força de vontade para acordar e correr atrás dos objetivos. Tenha objetivos!!! Não passe pela vida em vão. Acredite, por mais que pareça difícil. Some, jamais diminua. Todo mundo é estranho se você parar para ver. Não precisa evitar atos bobos, faça-os. Olhe para trás, para todos os lados, principamente os bons, sempre vale à pena relembrá-los. Passe pelos maus momentos e que lhe sirvam de lições. Importâncias, causas despresíveis. Ouça sempre o coração. Não deixe de refletir. E tenha coragem pra encarar a vida. Seja otimista, isso só lhe trará coisas boas. Não seja vazio nem chato consigo nem com os outros. Lute contra a falsidade e injustiças. Não se omita. Viva e seja feliz...

Digo essas coisas para todos, inclusive a mim mesmo...sei que falar é fácil, mas ter consciência sobre o que é importante e o que não é, já ajuda. RR

domingo, 19 de dezembro de 2010

A maior praga de todos os tempos

Será que alguém aí consegue sentir piedade do planeta? Consegue analisar como as coisas mudaram de alguns anos pra cá? Cada um de nós somos um pouquinho da parte formadora de miseráveis que está colaborando com a destruição geral. Hoje é raro encontrar ar puro de verdade, em meio à tanta ambição de sempre ter mais, produzir mais e viver "prosperamente". Filhos da Puta é o que somos!!! Todos nós, PESSOAS! Quem de nós nunca fez algo de ruim pra natureza, hein? Desde o papelzinho de bala jogado no chão até as enormes chaminés de fábricas compenetradas no tão importante fim lucrativo, que contudo um dia se tornará o fim do mundo. Com a terra no limite as grandes chances de um desfecho apocalíptico da humanidade se aproxima a cada dia que nasce e morre com um pouco mais de gás carbônico. Ninguém compreende mais o tempo, frio no verão, tempestades arrasadoras e cada vez mais episódios climáticos virados em tragédias para famílias que na maioria das vezes nada tinham além do barraco desmanchado. O que alguns crentes chamam de "sinal de Deus" eu nomeio como "IRRESPONSABILIDADE HUMANA"! Todos nós somos culpados.



Essa notícia é real >>>



"grandes quantidades de gases tem sido emitidas para a atmosfera desde que começou a revolução Industrial, a partir de 1750 as emissões de dióxido de carbono aumentaram 31%, metano 151%, óxido de nitrogênio 17% e o ozônio troposférico 36%".


Esses são nossos feitos para "aproveitar melhor a vida". E assim prosseguiremos até morrermos sufocados em meio a nossa fumaça produzida e nossas mentes poluídas. Não haverão milagres sem conscientização. Pagamos pelos erros cometidos pelas gerações anteriores, e nossos filhos pagarão pelos nossos. O que eu tiro disso tudo é que o ser humano é a maior praga do mundo de todos os tempos!!!


sábado, 18 de dezembro de 2010

Poemas Assim

Porque poemas assim
falam tanto de mim
apenas fecho os olhos
e tudo vem fácil na mente

Como todas as coisas que a gente não consegue entender
Acontecem simplesmente porque tem que acontecer
os encontros marcados pelo desconhecido destino
que alguns insistem em não acreditar

Milagrosas façanhas e histórias
eu sou um eterno questionador
das simplicidades complicadas do amor
e se alguma vez foi igual, normal
é porque não devia de ser tão genuíno

Retorne sempre pra perto de mim
sou sua sombra protetora
e quero fazer-te bem,
tanto quanto senti em todas as vezes
Raras hipóteses que presenciamos
de que não devemos perder tempo
em buscar de forma louca a felicidade
quando beijo a tua boca numa rua da cidade
e sinto como se tudo que eu preciso tivesse ali
e que só fosse necessário parar o tempo
é nisso que voa o meu pensamento

E desejo parar o tempo contigo
E quero poder voar pra longe daqui
e eu vou te carregar comigo,
Embora seja eu que viva no teu colo

E juntaremos nossas diferenças
para torná-las únicas
simplesmente raras em harmonia
tão precioso sentimento
Que por mais de um momento
tornam-se o que está aqui agora

Eu de olhos fechados
Deixando vir fácil na mente
Os motivos pelos quais poemas assim
Sempre falam tanto de mim... RR

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Papo infantil...

Madrugada, quase duas da manhã e já ta chegando a hora de ir para o berço imaginar os brinquedinhos girando em volta tocando sua musiquinha chata e interminável até que se pegue no sono. Deve ser um tédio ser um bebê, né? Ou então, toda correria da vida que está por vir seja compensada antecipadamente por essa provável paz e descanço a qual os pequeninos estão submetidos. Sempre tão feinhos quando nascem, não consigo achar diferença entre eles. Caso entrasse numa maternidade acho que me depararia com inúmeros mini-clones de joelhos. Enfim. Também não suporto ver pessoas que trasformam-se em crianças bobas quando estão na frente de um bebê, que ali, tranquilo no seu carrinho ou num colo qualquer, não está entendendo absolutamente nada da retardação à sua frente. Podem me chamar de grosso, insensível ou do que mais quiserem. Mas é o que eu penso. Bom, pensando mais além, talvez eu mude automaticamente esse conceito quando tiver meus próprios filhos, né. Vai ver que eu vá me olhar no espelho e enxergue um bobão desses. Já que o mundo da voltas, é fácil morder a língua. Bom, então é isso, hoje tive notícias boas vindas em mensagens de celular e, embora eu já esteja crescidinho e não chupe mais bico, vou-me rumo a um sono tranquilo no qual descansarei igual a um desses bebês com carinha de joelhos... RR

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Percurso Incompleto

Os seus ossos saltam do corpo
os seus traumas ele não esquece
vive milênios num segundo
não permite que a raiva lhe acalme

conta os números e palavras não ditas
escreve muito e diz que pensa pouco
mira no alvo e sempre erra de propósito
faz promessas para ter o que seguir

Pinta o céu de azul aqui
memórias esquecidas ali
Lembra quem foi em outras vidas
Apenas por pura satisfação
Era uma prostituta em ação

Torce pela vitória de seus adversários
vive num mundo à parte
na contra mão de uma via única
sem movimento premeditado
é conhecido como um ser irriquieto
escolhe sempre a direção do vento

E parece nunca ter tempo
estuda os livros de filosofia
e acha que toda fantasia é real
e lamenta que todos os homens
tenham suas purezas contaminadas
pelas infinitas mentiras mais honestas
já contadas pela maioria fingida
como um pobre que deixa uma fortuna escondida

Num ármario perdido em um brick
onde ninguém irá procurar
ele deseja o melhor lugar pra morar
desde que haja um minuto de paz
quando o tiroteio acabar
Ele escolhe de novo pra onde ir

E assim vive e pra sempre viverá...
Até o dia em que o sol não vier
E o vento sul não soprar
só pra que tenha um final feliz

Escreve suas poesias com giz
E as recita em seu percurso incompleto
Pois dentre todas as coisas perdidas que achou
Ainda lhe falta encontrar o seu grande amor... RR

domingo, 12 de dezembro de 2010

Polaróides Urbanas

No meio da última madugada foi escolhido para asssistir um filme brasileiro que eu já tinha visto outras vezes e que é ótimo, embora eu tenha um amigo que detesta, segundo ele, filmes que tem haver com a realidade não são interessantes, já que realidade é algo que ele já vive todos os dias. Acho um pensamento lamentável, mas liberdade de expressão é isso mesmo. Abraço ao Mano Reis.


Uma jovem em conflito com a mãe, uma terapeuta incapaz de resolver seus problemas, uma dona de casa de classe média que não consegue mais sonhar, uma atriz consagrada cuja carreira está em decadência e uma mulher que, sem querer, foi escolhida como mãe da filha de sua patroa. A vida destas mulheres, e seus respectivos maridos, namorados e amigos, se cruzam no Rio de Janeiro.
- Ganhou 3 "Lentes de Cristal" no Festival de Cinema Brasileiro de Miami, nas categorias de Melhor Filme - Voto Popular, Melhor Atriz (Marília Pêra) e Melhor Roteiro. - Baseado na peça teatral "Como Encher um Biquini Selvagem", de Miguel Falabella, o espetáculo teatral foi visto por mais de 800 mil pessoas em sua temporada nos palcos. - Estréia de Miguel Falabella como diretor e roteirista de cinema. - As filmagens ocorreram na cidade do Rio de Janeiro, com locações na praça Nossa Senhora da Paz, na lagoa Rodrigo de Freitas, no Aterro do Flamengo e nos bairros de Ipanema e da Barra da Tijuca.


sábado, 11 de dezembro de 2010

Decida-se

Decida-se
sobre a cor do cabelo
o vestido adequado
a sombra nos olhos

Decida-se
em que rumo seguir
a bebida a tomar
A pendência a resolver

Cuide de quem quer bem vocÊ

Decida-se
sobre o tipo de letra
ou quem merece atenção
a quem estender a mão

Decida-se
em qual festa irá
Qual verdade defenderá
que batom usará

Mas sempre cuide de quem quer bem vocÊ

Decida-se
Qual forma de arrasar
O quanto junto você dançar
e qual estação do ano prefere

Decida-se
sobre qual o perfume
o verso mais singelo
do alguém que você ama

E continue cuidando de quem quer bem você

Decida-se
em não voltar atrás
valorizar a própria paz
de espírito e coração

Decida-se
qual rumo vai escolher
das principais certezas a ter
e daquilo que não deve esquecer

Como cuidar de quem quer bem você

Cuide,
continue cuidando
E viva intensamente
e em qualquer caso de dúvida
decida-se...RR

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Lição de Inglês III

Ouvindo um dos diversos cds que tenho do aerosmith, me deparei com uma música chamada "Ain't that a Bitch", que compõe a faixa número 7 do álbum "Nine Lives", lançado no ano do meu nascimento, 1987.


Ain't That A Bitch

Up in smoke you've lost another lover
As you take the hif of your last cigarrette
Stung out, burnt out
Yeah, you're down on your luck
And you don't give a...
'Till the best part of you starts to twitch
Ain't that a bitch
Freak out! I'm alone now
I feel just like I'm losin' my mind
'Cause love is like the right dress
On the wrong girl
You never know what you're gonna find
You think you're high and fine as wine
Then you wind up like a dog in a ditch
'Cause love is like wrong turn
Ona cold night...yeah
Ain't that a bitch, Ain't that a bitch

In a daze
In the throes of emotion
you see God in the Devil's eyes
Then you fall so far from grace
You wouldn't know a kiss
If it was on your face
You can tell it to the jury
But you ain't got no case

Freak out! I'm alone now
I feel just like I'm losin' my mind
'Cause love is like right dress
On the wrong girl
You never know what you're gonna find
You think you're fine as calamine but not
enough to scratch a seven year ditch
'Cause love is like the last licks
Outta Hendrix...yeah
Ain't that a bitch, Ain't that a bitch

Then you fell so out of place
Lickin' up the arsenic
From the same old lace
You know the stuff is poison
But you gotta have a taste

You gotta
Freak out! I'm alone now
I fell just like I'm losin' my mind
'Cause love is like the right dress
On the wrong girl
You never know what you're gonna find
You think you're high and fine as wine
Then you wind up with your face in a ditch
'Cause love is like a warm gun
On a cold night...yeah
Ain't that a bitch, Ain't that a bitch...


TRADUÇÃO
Ain't That a Bitch (Mas não é uma cadela?)

Envolta em fumaça, você perdeu outro amor
Assim como você puxa o seu último cigarro
Fora de ordem, queimado
Você está abatida em sua fumaça
E você não dá um Huh!
Até a melhor parte de você começou a contrair-se
Mas não é uma cadela?

Parar de enlouquecer
Estou sozinho agora
Eu me sinto como se estivesse perdendo minha sanidade
Porque meu amor é como se fosse um vestido certo
Numa garota errada
Você nunca sabe o que vai encontrar
Você acha que está certo e bom como um vinho
Então você se dá conta que é um cachorro numa lama
Porque o amor é como um caminho errado
Numa noite fria
Yeah, Mas não é uma cadela?
Mas não é uma cadela? Yeah, yeah, yeah




Num torpor
na emoção do momento
você vê Deus nos olhos do demônio
Então você cai tão longe da graça
Você não reconheceria um beijo
Dado em seu rosto
Você pode dizer isso ao tribunal
Mas isso não faz parte do caso








Parar de enlouquecer
Estou sozinho agora
Eu me sinto como se estivesse perdendo minha sanidade
Porque meu amor é como se fosse um vestido certo
Numa garota errada
Você nunca sabe o que vai encontrar
Você pensa que é um bom remédio
Mas você não é o suficiente para coçar
uma sarna de sete anos
Porque o amor é como um último suspiro
Fora do céu, yeah
Yeah, mas não é uma cadela?
Mas não é uma cadela? Yeah, yeah

Então você se sente fora se si
Você lambe o arsênico
Para tentar se matar
Você sabe o ingrediente do veneno
Mas você precisa experimentar
Você tem que parar de enlouquecer
Estou sozinho agora
Eu me sinto como se estivesse perdendo minha sanidade
Porque meu amor é como se fosse um vestido certo
Numa garota errada
Você nunca sabe o que vai encontrar
Você acha que está certo e bom como um vinho
Então você se depara com sua cara na lama
Porque o amor é como uma arma quente
Numa noite fria
Yeah, mas não é uma cadela?
Mas não é uma cadela?
Yeah, yeah, yeah...


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Temporal

Pessoa, não olhe para mim
não quando eu estiver assim
disfarço meus lados ruíns
rosto e máscara descombinando

o temporal vai se formando

A sós com o escuro eu penso um pouco mais
Vendo somente o que eu não posso suportar
meus braços atados e sombras afins
Percebo minhas virtudes se apagando

o temporal vai se formando

Chora agora no meu peito
lágrimas com pitadas fortes de sangue
Viage comigo nesse percurso melancólico
É como você pode me encontrar

pelo beco mais sombrio
Eu preciso voltar às origens
para dar a mim mais precisão
Nascem dias sem emoção
Apenas incomodação
Força de uma possível maldição

Agora creia no que vou dizer
pode parecer confuso pra você
mas é normal quando não sabe-se o que fazer
com ou sem amor, flechadas de dor
Sinta-se à vontade para pisar na lama
que emanará minha alma nas próximas horas

Pessoa, desvende pra mim
meus desenhos abstratos
que ocorrem sem que eu queira
seus riscos absurdos e sem sentido
são tudo que eu sinto
sem saber o porquê

A cruz de um túmulo saliente
uma fotografia antiga e comovente
eu não vou mais dar atenção
continua escorrendo das minhas veias
explodindo minha cabeça tão cheia
as horas vão passando

O temporal vai se formando

Começa a chover dentro de mim
parece turvo, com nunvens sem fim
Precede trovões, relações distintas
atormentado como quem sempre hesita
e olha pra trás temendo ver linhas em branco
enquanto os lábios tremem de leve

Pessoa, cante comigo
não deixe-me tão sozinho
porque assim eu acabo da pior forma
Eu estou limitado, estipulado, moldado
sem fúria, sem remédio, sem um truque
para desperçar-me dessas coisas

Acredito ter mais algumas chances
antes do golpe sem sorte no final
que pode parecer tão ingênuo
perdido na dúvida de ser realista
já ta quase na hora de sair
eu sei quais as vozes estão cantando

O temporal vai se formando

Pessoa, não quero que me acorde
só quero que não me deixe dormir
não quero que me conceda seu tempo
só quero que esteja disposta a me salvar

Da enchete que está por vir
das coisas que eu não quero ouvir
sinto que preciso fugir daqui
coragem de nunca mais voltar
Nem sequer olhar na escuridão
Eu não quero tecer coisas em vão

Vou prosseguir escrevendo sem parar
Porque eu não devo duvidar
de que algum dia eu possa me encontrar
Sem essa de tempo desperdiçado
ainda há preciosidades no meu lado
que eu não quero expulsar

Como expulsa-se demônios
de um coração amaldiçoado
como fica macabro de uma hora pra outra
ta quente meu inferno
Se sente o que eu quero
Como ousa então negar-me

O temporal vai arrasar-me

Eu já não sei e ninguém sabe
de onde eu posso recobrar a consiência
Antes que seja tarde
e meu gatilho dispare
Não há distância pior do que a que trago aqui
infinita espera de algo que não acontece

Problema que comigo amanhece
mesmo quando eu consigo dormir
E é por isso que eu devo sumir
reaparecer só pra mim
Num dia qualquer de uma estação qualquer
Sem planejar nem cobrar
absolutamente nada de ninguém
não tenho esse direito,
e devo me reacostumar a não querê-lo
pois não ha nada de bom nisso

É o que todos sabem
é o que ninguém evita
invade a alma como poucas coisas
como coisas inexplicáveis
viroses de abstinência
de um sentimento que deve ser cuidado
mas não tomado de posses
seja pela parte que for
não é disso que vive um amor
E o final desse relato vai chegando
Pois...lá fora agora...

O temporal continua se formando...RR

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Um pouco de tudo

hoje
posso tocar no céu
fazer de novo o que
eu sempre mais quis

sei
que nada vai mudar
o que é forte terá som
minha sorte, o lado bom

que sempre tenha de tudo um pouco
que sempre viva um pouco de tudo
que cresça e apareça no meu mundo

tem
leis que não precisavam existir
reis que poderiam simplesmente sumir
poucas horas, muito tempo

aqui
onde eu me sinto mais seguro
de onde eu preciso sair um dia
pra que eu possa valorizar

pra que sempre tenha de tudo um pouco
pra que sempre viva um pouco de tudo
pra que cresça e apareça no meu mundo

não tente formatar a minha mente
você tenta descobrir como entrar
e é melhor que não saiba do pior
que dentro dela você já está

venha veloz até mim
e me diga coisas bonitas
pra que eu possa sonhar
pra que eu retome meu lugar

e que sempre tenha de tudo um pouco
e que sempre viva um pouco de tudo
pra que cresça e não acabe com meu mundo...RR

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Filmezinho na Segunda...

Aproveitei a Segunda-Feira para assistir a um filme que estava ha tempos nas pilhas de ver. Empurrava com a barriga enquanto distrinchava outros afazeres. Então, hoje resolvi parar, finalmente, para fazer isso. E como o último filme tinha deixado uma impressão nojenta no ar, precisava me redimir assistindo algo que fosse bom realmente. E assim foi. "Encontro Explosivo" é demais...Garanto!!!

June (Diaz) sempre foi uma mulher solitária. Mas ao conhecer Wilner (Cruise), um agente secreto, dentro de um avião em um encontro às escuras, sua vida muda totalmente. Ele a leva numa violenta viagem pelo mundo, para proteger a chave de uma infinita fonte de energia.




Frase do dia

"DIGA SEMPRE A VERDADE PARA QUEM VOCÊ AMA!!! RR"

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Esfriando a mente

Manhã de sexta-feira, sem casualidades pra mim. Penso nas mesmas soluções inéditas de sempre. Há pouco estive no mar, cedinho enquanto o sol ainda estava tímido entre as nuvens. Água fria, menos fria do que vai ficando aos poucos minha mente. Estou me preparando para qualquer eventual mudança drástica. Solto e pego de novo a todo instante minhas esperanças retorcidas e já conhecidas por mim. Prossigo na insistência de conseguir concentrar-me em algo que não me consuma negativamente. Ainga guardo os melhores momentos para o encontro ideal, mas não sei se ele vai tornar-se a repetir, ou ao menos, não tão cedo. Intenso, imenso, suspenso. Buscamos as coisas que faltam e que existem, falamos, falamos e falamos mais um pouco, mas alguma coisa ainda segue errada. Acho que é em mim. Talvez a concentração trará alguma solução. Ou talvez eu precise recuperar minha antiga despreocupação. Sim, acho que deve ser isso. Até breve! RR

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dona Maria

Esses dias eu conversava com uma senhora, chama-se Maria, Dona Maria como a maioria a chama. Pois bem, sempre que a gente se encontra ela fala sem parar e quase deixa a gente tonto. Relembra com saudosismo suas histórias da juventude e retrada nos mínimos detalhes como a vida era diferente na sua época. Ela é assim com todos. Gente boa a dona Maria. Gosto dela, fuma todos os dias inúmeros cigarros de hortelã, sempre sustenta a opinião de que apenas traga o cigarro, portanto, este não faz tanto mal. E ai de quem venha lhe aconselhar a parar de fumar. Não, não, não, com ela não. Sabe de sí. Dona Maria mora sozinha num bairro um tanto distante do centro. Não tem visitas frequentes e leva uma vida um tanto solitária em meio às suas manias. Mas ao mesmo tempo possui uma necessidade incontrolável de comunicar-se. Com o dom de expressar-se claramente, ela sempre tem assunto. SEMPRE! Certo dia contou que chegou até a conhecer pessoalmente o cantor brega Reginaldo Rossi, na sua juventude. Ah, as histórias da Dona Maria, podia até virar um livro. Estou dedicando esse post a ela para chegar até uma frase que ela falou em meio a algum assunto nessa última vez em que nos falamos. Achei a frase ótima, saiu despercebida e ela nem reparou a beleza do que falou...
Disse ela:::
"Eu não sou uma pessoa AMARGA, nunca fui. Porque sempre fui uma pessoa AMADA!"
Essa frase ficou gravada na minha mente. Muito bem, dona Maria, muito bem. Realmente admirável. RR

domingo, 28 de novembro de 2010

Noite Chata

Tô agora como se fosse uma chaleira fervendo
queimo quem encosta e derramo água quente
em formas de palavras proferidas
Experimento sençasões,
não me surpreende as reações

Meu eu me diz bobagens
Eu não quero ouvir
melhor me retirar
minha cama é o melhor lugar

Subterfúgio de quem ta inquieto
mas que sabe onde se encontra
e como não ta aqui agora
melhor deixar pra lá essa noite chata

Onde eu estou chato
Onde eu não salvo meus atos
Mas ainda respondo por eles
assino embaixo de minhas previsões
E digo em alto e bom som
Que ainda estou certo de que é o melhor...RR

Conflitos Internos

Quando o dia não é bom
Eu ainda erro o tom
da minha própria vida
Escondo de mim mesmo a saída

O sangue esquenta
Ja ta acostumando
eu fico esperando
ja sabendo que é em vão
analise a minha situação

Estou aqui, estou só
Penso em mil coisas
que não deveria pensar
suponho tragédias distantes
imagino cenas relevantes
que eu não deveria me importar
transformo algo bom numa doença
que afeta a mente e não me deixar dormir
e eu fico em casa, evitando sair por ai
Insistindo em combater meus conflitos internos

Malditos conflitos internos!!!

Sol de verão
na minha sala não há som
E repito a minha sina
Continuo escondendo a saída

E isso me atormenta
Daqui ha pouco o dia vai clareando
E eu continuo esperando
Todavia minha ilusão
É o que sustenta o meu coração

Permaneço aqui, só
Já não penso em mil coisas
meus olhos começam a pesar
Continuam distantes
Se tornam irrelevantes
Seu modo desconfiado de olhar
Pesquiso a cura pra minha doença
Talvez precise beber e dirigir até colidir
Num muro incolor pixado de amor por ai
Que enfim leve pro inferno meus conflitos internos!!!

Malditos conflitos internos!!! RR

sábado, 27 de novembro de 2010

Filme decepcionante

Madrugada de sábado para domingo... mais de 2h e 30min já.. tinha escolhido um filme pra ver, mais um com Jim Carrey. Pra minha surpresa, o pior de todos os filmes dele. Repugnante. Nojento. Curioso que na capa diga "Um dos filmes mais engraçados do ano", pois eu não consegui dar nenhuma risada. Talvez eu esteja um pouco azedo, mas mesmo assim, o filme é péssimo. Uma decepção completa.

Steven Russell (Jim Carrey) é um homem que tem uma vida feliz ao lado de sua mulher (Leslie Mann). Mas quando ele sobrevive a um grave acidente de carro, sua vida muda para sempre. Steven assume que é gay e decide aproveitar tudo o que a vida pode lhe oferecer de melhor, nem que para isso tenha que dar alguns golpes.

Fim da Guerra

No dia 12, desse mês, fiz um post aqui no blog chamado LIXO DE SERVIÇO, o qual contei a história de um conflito que vinha travando com a PREFEITURA já ha dois meses por uma simples retirada de lixo. Então, conforme eu havia prometido, declarei guerra a partir daquele momento. Na SECRETARIA DE OBRAS ninguém aguentava mais ver a minha cara nem ouvir a minha voz, e eu igualmente a deles. FINALMENTE, na tarde de ontem a guerra teve fim. O lixo foi retirado e o serviço cumprido. Fica aqui registrado o meu agradecimento...
MUITO OBRIGADO, PREFEITURA! MUITO OBRIGADO!!!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Escute-me

Sim
estou aqui
meu pensamento está voando
e ele me diz coisas que eu não quero acreditar
que eu não quero acreditar

eu passei por tantas coisas
e as flores não nasceram
e minha vida está diferente do que eu imaginava
pois nada mais me levará

às palavras não ditas
às frases esquecidas
eu vou pegar
pra você ler

Eu vou pegar
pois eu posso

Escute-me
Eu vou confundir
porque simplesmesnte
eu não posso negar
que te amo
e estou convencido
que o melhor é te amar

Ahahahahahahaahha

To tão feliz que posso até confundir
as coisas certas a fazer hoje e amanhã
Nosso amor está no ar
E você pode até pegar

pegue e dê para mim
daquele jeito, assim

Aham, Aham, Aham, Aham

Quero viver de bem com você
pois é o que me sustenta agora
Quero viver bem
sempre de bem
sempre...RR

Leitura do mês

Prossigo insistindo nas aventuras investigativas de Sherlock Holmes. No seu mais recente livro, A Execução de Sherlock Holmes, quanto mais você lê, mais você quer ler. E acho que é isso que todos buscam em um livro. Então, sem mais milongas...vamos a ele..



Holmes vive! Em cinco histórias de detetive recém-criadas, engenhosas e místicas.Dopado, algemado e condenado, preso em uma cela abafada nas profundezas da infame e abandonada prisão londrina de Newgate, o maior detetive da literatura mundial aguarda sua execução levada a cabo por um grupo vingativo de terríveis e velhos inimigos.A fuga é impossível; a morte, uma certeza. A não ser que Sherlock Holmes, em uma excepcional iluminação do espírito, combinada com bravura, consiga escapar do laço do carrasco e viver para tocar seu violino, espionar e raciocinar outra vez mais. Apesar dos imensos obstáculos, Holmes também desvendará o código do Serviço de inteligência alemão nos meses que antecedem a participação da Grã-Bretanha na Primeira Guerra Mundial, levando O caso da chave grega a um final de excepcional elegância. Em toda parte dos cinco contos escritos com destreza, paira o suspense enigmático e misterioso no ar nada, porém, que escape do domínio de mestre do incomparável Sherlock Holmes.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

27 Anos da rádio Ipanema Ovelha Negra

Agora são 2h15min da manhã... e só nesse momento achei tempo pra postar sobre o domingo passado em que rolou o aniversário da rádio Ipanema Ovelha Negra e Opinião de Porto Alegre.
O fim de semana que passou foi de muito rock... como ha tempos eu vinha sentindo falta. A sensação boa de colocar o pé na estrada. As placas e cidades, quartos de hotéis, lugares diferentes e tudo mais. Expectativas. O destino era o anfi teatro Pôr-do-Sol em POA. E lá foi demais. O melhor do rock gaúcho estava presente.

Algumas Imagens falarão mais que mil palavras que eu possa colocar aqui...

Duda Calvin (Tequila Baby) um dos shows mais esperados...

Acústicos & Valvulados (Aprendi a gostar de rock ouvindo eles)

Mallenoti e Alemão


O Mestre Alemão Ronaldo ("_aqui toca rock'n'roolll, não tem axé, não tem pagode, foda-se!")

Rosa Tattooada (Um dos mais esperados por mim)



O Público fiel

E, pra terminar, ao fundo, o aplauso deste humilde burguês rockeiro imundo que vos fala...RR

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Inveja

Hoje me caiu a ficha de algumas coisas que acontecem...coisas que a gente não vê nascer, coisas que se contagiam nas almas dos mais fracos. Os mais baixos. Existem várias dessas coisas, mas falo de uma em especial. Isso não se releva, ela atende por Inveja, ataca os corações de pessoas pobres e de espíritos imundos. Eu faço parte das pessoas que acreditam que o famoso "olho grande" pode fazer efeito sim. A inveja gigante de certas pessoas é capaz de atrapalhar outras pela simples intensidade de energia ruim que trás consigo. Espero eu estar livre de um dia sequer supor sentir inveja de alguém...falo dessa inveja ruim e destruidora...a questão do "ele tem e eu não"... "como chegou até aqui tão rápido enquanto eu luto ha tempos e não consigo". Isso definitivamente me da nojo, me angustia e minha vontade é de vomitar em cima de certas pessoas. Era pra ser tão fácil cada um cuidar da sua própria vida em vez de ficar metendo a cara suja e mal lavada na vida dos outros. Torço pra que isso passe. Tomara que passe. Pro bem de ambos. RR

Obs::: ainda postarei sobre a missão do fim de semana, que era o aniversário da rádio ipanema e que foi cumprido com devido sucesso... até breve...

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Missão do Fim de Semana


Acontecerá no próximo domingo, celebração de aniversário da Rádio Ipenema... no anfiteatro Pôr-do-Sol, em Porto Alegre... várias atrações num evento de dia inteiro... e o melhor...totalmente de graça...free...livresão...mais aaaaaaaaaaaaaaaaa... quem puder ir que não perca...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Em Busca de Harmonia

Fim de tarde de um dia extremamente estressante... Vou pra praia...afinal, harmonia com o meio ambiente é o primeiro passo para se estar em harmonia com você mesmo...e como harmonia é algo que vem faltando ultimamente..lá fui eu...queria um banho de mar...mas tava frio...frio...frio...

Lá...Será..será...


Algum Tempo depois...

Pronto.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Uma Briga Feia

Ele começou a me ofender.. ai eu fui me irritando, não pude ficar quieto

Então ele persistiu e ai eu precisei ser mais enérgico 



Por fim, apontei o dedo na cara dele e falei tudo que devia !!!

É...de fato eu não ando bem, hehehe!