Minha vontade agora, seria fugir dessa paranóia. As pessoas estão em colapso, parecem todas com formigas na bunda.
Estou num estado incompatível com o meio que me cerca. Estou um tanto chato. Acho que pode ser falta de bebida. Sempre melhoro quando bebo. Tudo que eu vejo me alegra. Talvez hoje eu beba um porre pra celebrar minha chatisse.
Celebrar um momento neutro. Lembrando que eu não gosto de neutralidade. Prefiro a depressão fatal ou a alegria ilimitada. Ou fico em casa choramingando ou entro na festa como uma dinamite a ponto de explodir. O meu livro da vida contém várias páginas que contam excessos.
Celebrar aos que se importam. Sendo que eu nunca fui de me importar. Continuo não sendo. Opiniões raramente me afetam. Palavras não me maltratam. Caminho sem me importar como é o chão que piso. Às vezes corro muito, até de mim mesmo. Por vezes não sei onde quero, de fato, chegar.
Celebrar àqueles que são frios e nada sentem. Embora tenho que lembrar que carrego em meu peito sentimentos que, de vez em quando, se viram abruptamente contra mim. Com o efeito de um veneno, tira meu ar e não me deixa dormir. Tento dominá-lo, e às vezes até finjo que consigo. Engano a mim mesmo, e acredito. Até que tudo ocorra de novo.
Celebrar aos que ficam sem fazer nada. Mas preciso dizer que não fico de bem quando sinto que estou desperdiçando tempo. Odeio quando o peso nos meus ombros é maior que minha disposição. E isso tem acontecido.
Celebrar a todos os políticos. Sendo que, se eu pudesse, juntaria a maioria numa sala e explodiria. E a todos que babam em seus sacos, e disso tiram algum proveito, achando que estão fazendo uma grande coisa.
Enfim... nesse dia de celebração...
um bride aos avessos, aos de esquerda, aos canhotos e errados.
Somos diferentes e aí está grande parte da graça.
Tim-Tim... RR
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