Agora eu vejo
algumas novas coisas em minha cabeça
O tempo não volta nem se conserta
Não aceitar algumas coisas é não viver para si
E às vezes o universo se transforma num labirinto doentio
Onde as saídas se escondem longe daqui
Andamos em círculos, nos vemos trancados
Portas se fecham, nossa mente não se abre
E o coração quase pára
O ar é uma visita rara
No espelho, apenas um desconhecido acena de longe
Como sair daqui? - A gente pensa!
Lágrimas caem
O fim parece próximo, distante..
Tudo é paradoxal
As músicas
As sombras
A maldita luz do sol
Os dias
As noites
Quando isso vai acabar?! - A gente implora!
E o tempo não é amigo nessas horas
O sono é um estranho
Os olhos não sabem mais o que é brilhar
E a sala é um vazio
O coração... apenas um deserto frio
E todas as nossas fichas já se foram
Numa mão que não era boa, nem ruim
Nem divertida, e nem deveria ser
E quando tudo parece infinitamente sem solução..
E quando o mundo já não faz nenhum efeito bom
A vida amanhece e dorme por um fio
E o vazio do precipício está a um metro de distância
...
...
A luz reaparece de repente
Caminhando numa esquina...
Não é o fim, nada acabou aqui
Na verdade, tudo começa aqui...
Apreciamos a paisagem à nossa frente
(Adeus abismo, foi legal te conhecer)
Demos as costas e seguimos..
Nossa estrada ainda é muito, muito, muito longa.. RR
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