quinta-feira, 5 de abril de 2012

Madrugadas...

Gosto das madrugadas

Nos pontos altos de ausência das pessoas

Ando nas ruas de prédios velhos

Apenas bêbados largados passam por mim



Estou de preto, com meus coturnos de guerra

Penso longe, em lugares e pessoas

Que não estão mais comigo

Minha sombra me faz a companhia necessária



Algo auto destrutivo começa a despertar

Eu sinto muito por todos a quem eu desapontei

Pensando bem, é mentira, eu nem ligo

Gosto de viver a vida do meu jeito



Me distraio sendo a minoria

Pensando a sós comigo mesmo numa ocasião como essa

Alguns rostos passeiam na minha mente

Eu estou num mundo resumido de fatos ocorridos



Faço preces, faço planos de não ter planos

Uma forma bonita de dizer

que não tenho nada pra fazer

Acho que vou perseguir você...



Andando por aqui, revisito sonhos antigos

Busco por habilidades

que gostaria que tivessem nascido comigo

Sempre tive sorte,

principalmente nas vezes em que escapei da morte

Desde antes até agora,

minhas nove vidas estão se esgotando



Minha memória vai se apagando

Numa noite, num gole, num esquecimento

Eu já não consigo mais me importar



Diálogos inúteis

Amores inúteis



Dança pra mim enquanto eu fico aqui

Sua indiferença não faz a mínima diferença

Enquanto você some irritada

Outra menina vem e me agrada



Não tenho pontos de vista que vão mudar as coisas agora

Realmente, adeus! Pois eu estou exausto dessa história... RR

Um comentário:

  1. Eu também sou daquelas que me distraio sendo minoria, gosto do silêncio e bebo lentamente minha solidão até me embriagar de pensamentos que são as vezes profundos e outras vezes rasos que nem chegam a molhar.
    Gostei!
    bjks doces

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