segunda-feira, 9 de maio de 2011

Meu Ego (numa noite com sono)...

Deixei chegar a um quase auge, na fila do extremo, na ponta do precipício, no cume do morro...
Enfim, o máximo de sono que vou suportando aguentar...
Lembro de vezes que me senti assim... já cheguei no limite crucial de não saber mais o que estava falando, realmente delirando como se estivesse bêbado, mas na verdade, só estava com sono.


Não é de hoje que eu não nego que odeio dormir. Acho que enquanto dormimos, morremos. Embora eu saiba que pra se ter uma vida saudável é preciso ter um sono correto. Talvez pela minha insistência em manter-me acordado o máximo possível, eu não tenha dificuldade alguma de pegar no sono. Das vezes que ficava com insônia, tinha a certeza de que o problema era outro que não a interferência do sono na minha vida funcional.
Sempre gostei de ocupar ao máximo meu tempo. Sempre ter o que fazer me convém. E eu gosto quando estou atarefado até os olhos. Faz eu me sentir útil.


Sou Roqueiro! Minha veia verte rock'n'rool desde muito tempo. Comecei quando conheci Raimundos ha muuuuuitos anos atrás... Acho que beirava o ano de 1996, mas não tenho absoluta certeza. Com certeza foi uma influência que me guiou por caminhos determinados até aqui. Desde então comecei a me auto definir.


Talvez um pouco depois disso comecei a escrever compulsivamente. Lembro de uma vez em que fiz "Precipício", eu tinha 15 anos, ou seja, foi em... em...2003. Considero como uma das coisas mais interessantes que escrevi. Um dia postarei aqui no blog. Ficou nostálgico, mas coisas nostálgicas são bonitas. Enfim, comecei e não parei mais. As coisas fluem, derramam da minha mente inquieta e eu tento as colocar no papel ou no monitor do jeito que vêm, sem alterar, sem revisar muito, a não ser a gramática, lógico.


Aos poucos minhas visões se ampliavam e eu começava a descobrir pequenas coisas, conhecer outros lugares, outros sabores. Minhas relações "amorosas" não eram bem sucedidas, e quando gostava de alguém era tomado por uma infeliz timidez que não deixava eu me articular. Eu era, talvez ainda seja, um baita pastel! É, essa é a verdade. Como o romantismo não dava certo na prática, minhas fugas variavam entre meus cadernos e as meninas, como posso dizer... mais inferiores ou menos privilegiadas de beleza. Trocando em miúdos... peguei muito Dragão nessa vida. Certa feita, beijei uma boca que continha um dente podre. Acredito que aquele deve ser o gosto da morte. Mas eu fui, estava lá, como bom brasileiro. E assim eu ia!


Nesse meio tempo fortifiquei laços de amizades que se estabeleceram firmes até hoje. E outros que foram momentâneos. Na adolescência fui um filho um tanto difícil para meus pais, ainda assim,por sorte não colocava em prática metade dos planos que tinha em mente. Ai seria pior. Acho que todo mundo deve ser um pouco assim.


Quando lá pelos 17, 18 anos, enfim consegui jogar toda e qualquer timidez no lixo, ai sim, comecei a viver. Embora ainda abraçasse todas as causas mulherísticas que me apareciam, já começava a desfrutar de coisas melhoradas. De alguma forma já chamava um pouco a atenção. Tenho alguns amigos que quando chegaram nesse ponto da vida, pararam! Abraçaram as suas causas e não soltaram mais. Éramos muito jovens e eu considerei-os prematuros. Até hoje os considero.


Atitudes inesperadas!!! Também sou um eterno fã do imprevisível. Gosto de fazer acontecer aquilo que não se espera que eu faça. Nem sempre consigo. Também tenho um amigo que numa fase mais atual optou por mudanças muito significativas na sua vida, e agora eu estou sem contato algum e acho que essa pessoa não tem em si quase mais nada do que tinha ha um tempo atrás. Lamentável? Talvez sim, talez não, quem poderá saber? Não gosto muito dos "talvezes".


Passei um grande período da minha vida respirando com dificuldades. Inclusive alguns desses momentos foram compartilhados aqui no blog. Sei exatamente onde isso começou e por onde passava sua cura derradeira. Caminhos íngremes me excitam e eu precisava passar por isso.


Minha vida sempre foi feita de fases bem definidas. Algumas pessoas com quem me envolvi sentiram isso na pele e acabaram saindo machucadas demais. Na colisão com meu ego é difícil sobreviver. Acho que arranquei algumas rosas de seus jardins, arremessando-as à própria sorte num mundo mais cinza e frio.


Nunca usei drogas. Embora muitas pessoas me considerem um drogado. Nunca sequer fumei um cigarro. Confesso que já tive vontade de experimentar certas coisas, mas nunca em momentos de pura curiosidade, mas sim em meio a momentos turbinados de emoções fortes que eu não sabia lidar. Talvez eu procurasse uma fuga e se eu fosse por algum desses lados certamente estaria fudido hoje. Por sorte, por consciência, por coragem ou por falta dela, não fui e hoje posso estar aqui escrevendo tranquilamente sobre minha vida.


Vida esta que segue, gosto de refletir sobre ela. Tenho um amigo que se esconde das suas reflexões. Acho isso muito esquisito. Mas quem não é esquisito?


Prossigo com sono, acordei cedo hoje e espero manter meus horários mais rígidos por pelo menos esse mês. Acho que vou chegando ao fim desse relise feito por mim sobre mim mesmo... Como eu disse, colisão com meu ego é sempre forte e eu já tive várias.


Que vivam os fortes!!! RR

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