sábado, 15 de setembro de 2012

Ajuda!

De madrugada, assisto aos filmes do meu dia.

Antes de pegar no sono. Antes de vagar pelo quarto.

Na tarde calma que mato meu trabalho, pra dormir algumas horas.

É nos sonhos que você me vem. É como tem me atormentado ultimamente.

 


Me ensine a não querer mais você. Me ensine a te esquecer.

 


Quando estou só que sinto sua falta.

Mas quando estou na multidão, é você que eu quero.

No beco mais escuro. Na rua mais deserta.

Na sombra mais incerta. Em minhas próprias frestas.

Em todas minhas veias. Eu ainda preciso de você.

 



Me ensine a não respirar mais você. Me ensine a te esquecer.

 


É como vem me assombrar.

É na manhã de chuva que eu não posso viver sem.

É depois do almoço que te uso sem perceber.

E sou igualmente usado por você.

No frio que te procuro pra me esquentar.

Quando estou nervoso você vem pra acalmar.



Me ensine a não procurar mais você. Me ensine a te esquecer.



É no banho de mar, é na vista da janela, é na boca do tubarão

Onde eu menos esperar, você vai estar

Porque eu não posso me livrar

Você está grudada em meu corpo assim,

E onde eu vou, não consigo fugir de mim

Sempre estarei lá...



Te vendo na minha cabeça

Te desejando na minha cabeça

Te injetando lentamente na minha cabeça



E eu não consigo fechar os olhos e não te enxergar

Estou doente e preciso me tratar

Mas até na cabiceira da cama da clínica você está

eu não sei mais pra onde correr



Se tudo que eu encontro

Se tudo que eu vejo

É o que me leva pro fim do túnel

de saída inexistente

É minha alma gritando loucamente

sem que eu consiga escutar

Sem reflexos

Sem pudor

Sem seu amor



Me ensine de vez a te evitar... Me ensine a não te procurar

Me ajude a não me maltratar... Me explique como consigo parar...



Antes que eu não tenha mais forças

Pra nem sequer pedir ajuda... RR

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