quarta-feira, 28 de abril de 2021

Roleta Invisível

 Fiz tudo o que queria e acabou sendo nojento

Misto na minha cabeça confusa

De surpresa e abobação

Que porra foi tudo isso, no fim das contas?

Malas prontas? Que nada

Ressaca duradoura na minha mente

Acho que não sei de nada realmente

Qualquer das situações têm seu elo de fraqueza

Que me irrita demais 

Oscilações de humor, ausência de paz

Armadilhas em buracos que eu caio toda vez que saio

Me acabo em colapso

E no fim não decido nada 

Balança quebrada

Livro pela metade, me perdi em suas páginas

Não tenho ninguém

Tenho todo o mundo

Receio de um segundo que teima em se prolongar

Por horas e horas e horas dentro da noite

Do portão de grades vejo as luzes

Rendez Vouz ao vivo e a cores

Do qual não resisto e entro

É como se eu estivesse em casa

E ninguém pudesse me deter

Amizades fáceis

Drogas no meu carro

Quando alguém intenso da vida mundana 

Olha pra mim e diz:

"Nossa, mas você é muito maluco"

Sinto que estou totalmente presente em mim

Já perguntava o poeta

"Por que que a gente é assim?"

Luzes do quarto

A propaganda não era enganosa

Mas há algo que eu quase não controlo

Sinto uma ânsia num momento crucial

Estarrecido, apenas penso: "o Quê?!"

Só queríamos gozar e gozar

Saímos todos a cantar até o dia clarear

Despedimo-nos e depois disso

Posso andar sozinho pela rua e vomitar

É o que faço... quase sempre um estrago

à mercê da própria sorte

Aposto a vida e a morte

Numa roleta invisível

Que me atrai em seu perigo 


Seria isso virtude ou só um castigo?


Não sei! RR

Nenhum comentário:

Postar um comentário