terça-feira, 17 de junho de 2025

Hálito de Hortelã...

Desconecta meu cérebro

Invade minha alma e explode minha calma

Todavia faz sentido não saber

Já que o desconhecido quase sempre é um prazer


Canto suas músicas 

No recanto da pele onde habita a perdição

Hálito de hortelã, sonho bom

nove andares, agasalhos pelos ares


Todo o tempo, achando que era apenas um desiludido

Costumava ser, costumava ser

Todo o tempo.. 


Toca piano pra mim enquanto sirvo outra taça

Nunca teria sido quebrado, se não fosse tudo uma mentira

Situação essa em que foi se meter, surreal

Era inofensivo no começo, deprimente no final


Voe como borboleta, me enxerga como beija flor

Ambientes distintos, rosas, velas e vinho tinto

Fala sobre sonhos, fala sobre medos, 

e fala e fala e fala sem parar..


As horas correm, o tempo dispara

Você nem repara

Que a noite já passou

E que nada mais restou

A não ser a arte de começar

Tudo de novo.. RR

sexta-feira, 6 de junho de 2025

Fumaça verde..

Gelo e whisky 

noite fria

mente infelizmente um tanto sã

Sem muito lugar pra ir

Sem saudade pra sentir

nem esconderijo pra dormir


Livros nas estantes

esperanças restantes

escorrem junto aos ponteiros do relógio

dramas trágicos

aniversários de morte

alma vagando à própria sorte

Sobra tempo, falta energia

Sobra tédio, qual o remédio?


Fumaça verde

olhos cinzas

Universo ao contrário

Um eu feito de otário

enquanto os outros dois assitem


Luzes no horizonte

Pensamento tão distante

vai e volta

recusa sugestões

Não sabemos de nada melhor 

Mais tarde, quem sabe, isso acalme

Ou talvez nem importe mais... RR