Devoro balas numa tarde de muita neblina..
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Ando atarefado ultimamente e o tempo tem sido escasso; os dias começam
tão rápidos quanto acabam e assim as semanas passam.
Gosto das coisas do jeito que elas vão. A Cada ano que passa tenho
firmado bons momentos e não me considero alguém que vive num ócio ou sem
aproveitar as coisas. As mutações são frequentes e eu sempre gostei de
mudanças, sejam elas boas ou aparentemente más.
Ser livre e independente é um sonho realizado. Adquirir uma
personalidade e seguir... um pedaço de mim a cada texto desse blog é um pouco
do que se pode ver.
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Um dia desses pensava sobre a quantidade enorme de pessoas que por algum
momento participaram ativamente da minha vida... E é interessante pararmos pra
ver. Pessoas que pareciam legais antes de conhecermos melhor... e que depois
nos mostram o quanto não são tão legais assim. Da mesma forma de que aparecem
pessoas que aparentavam ser chatas e que se revelam ótimas parceiras. Pessoas
atrizes.. mentirosas. O pior tipo de mentiroso é aquele que acredita na própria
mentira. Falo porque já fui assim e, felizmente, me curei (ou estou mentindo
pra vocês e, consequentemente, pra mim também).
O mundo (as pessoas) é cada vez mais egoísta e falso.
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Mas também tem gente legal. Tem
gente trabalhadora. Tem gente que sonha. Tem gente que acha na rua o que não é
seu e devolve. Pessoas que respeitam o próximo e a sí mesmas.
Tem jovens que ainda não estão virados em drogas.
Temos em quem acreditar, apesar de tudo.
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Coisas pra você, que vive lúcida no sol, num vendaval louco que me fez sentir,
infelizmente eu não posso fugir de mim, nem do meu jeito torto, do avesso,
expressivamente adulterado num copo de qualquer coisa que eu decido beber ou
simplesmente viver.
Gostaria de ser do jeito que você espera, embora eu nem sequer entenda
direito como você gostaria, mas provavelmente não serei capaz de corresponder
às suas expectativas, então é melhor nem tê-las, pois esse filme eu já me
acostumei a ver e sei muito bem como termina.
Mas mesmo assim gosto muito de você, e é somente por isso que não saí de
cena ainda.
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Coisas pra você, que vive embriagada na lua, num mundo atencioso quando perto,
disperso quando longe, mas que me faz falta e me faz sentir saudades. Pra onde
quer que eu corra, não consigo me desprender de você, e acabo sempre tentando
te trazer pra perto de novo, por mais um pouco de tempo; sinto um pouco de medo
de imaginar que um dia isso não será mais possível, seja por escolhas suas,
seja por caminhos meus.
Mas mesmo assim gosto muito de você, e também é por isso que não saí de
cena ainda.
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Na minha peça eu faço tudo o que eu quero.. E não exito. Não há
limitações em minha mente, vocês aí, de forma tão deprimente, apenas assistem,
sem ousar, sem querer mais do que nem têm, sem forçar sua imaginação por algo
mais singelo, bonito e importante. No inesquecível ato de amor, tão coerente
quanto você nunca foi, não ter motivos para lamentações é meu trunfo da
vitória.
Adiante, meus amigos, conhecidos e perturbadores da paz que me acolhe em
noites de frio, calor, dor, sem rancor nenhum de qualquer eixo perdido no
passado, no presente, ou no tempo logo ali à frente... tem neblina nos olhos de
quem não quer deixar que o outro enxergue... e no fim é esse que nada vê, nada
tem, nada ama de verdade, só sua própria inveja e ego presos numa jaula
perpétua.
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Me dê um gole dessa coisa que não bebo já ha algum tempo.. não sou
mistura qualquer, sou coração de porre apaixonado por uma mulher, ou
simplesmete um poeta egoísta pintando romantismos esquisistos em troca de sexo
mais barato, ultrapornográfico em cima da mesa que fica na parte de cima da
casa dela, que me olha de canto de olho e com curiosidade enquanto espera meu
próximo passo...
Sua boca treme e sua pele arrepia, porém eu faço parte de uma psicose
estranha que não admite sentimentos que não sejam prejudiciais á saúde, como
suas drogas, e suas poses, e suas doses, e seus cigarros, e suas versões para a
vida e para os seus romances deprimidos, embora cheios de satisfações orais,
nos plurais me encontrará, já que não fico muito tempo vivendo no singular.
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Abro mão de seus dedos enquanto faço uma prece pra um Deus desconhecido
e desprovido de grandes milagres que não me da razão alguma para acreditar, nem
seguir, nem querer adorar.. a não ser que me traga um desejo proibido, na
verdade deve ser mais um Demônio escondido numa falsa pele de anjo do bem, que
do além vem me visitar, trazendo coisas que me farão delirar e querer estar em
seu reino, seu templo, seu edifício pintado de preto, do qual eu vou implorar
pra não sair até que o primeiro ciclo de moradia se encerre...
enquanto tudo isso vem à tona como um caminhão desgovernado, uma coisa
horrível acaba de acontecer... Eu não esperava e ninguém deve imaginar..
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Acabaram as balas nessa tarde de muita neblina... RR
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