De madrugada, assisto aos filmes do meu dia.
Antes de pegar no sono. Antes de vagar pelo quarto.
Na tarde calma que mato meu trabalho, pra dormir algumas horas.
É nos sonhos que você me vem. É como tem me atormentado ultimamente.
Me ensine a não querer mais você. Me ensine a te esquecer.
Quando estou só que sinto sua falta.
Mas quando estou na multidão, é você que eu quero.
No beco mais escuro. Na rua mais deserta.
Na sombra mais incerta. Em minhas próprias frestas.
Em todas minhas veias. Eu ainda preciso de você.
Me ensine a não respirar mais você. Me ensine a te esquecer.
É como vem me assombrar.
É na manhã de chuva que eu não posso viver sem.
É depois do almoço que te uso sem perceber.
E sou igualmente usado por você.
No frio que te procuro pra me esquentar.
Quando estou nervoso você vem pra acalmar.
Me ensine a não procurar mais você. Me ensine a te esquecer.
É no banho de mar, é na vista da janela, é na boca do tubarão
Onde eu menos esperar, você vai estar
Porque eu não posso me livrar
Você está grudada em meu corpo assim,
E onde eu vou, não consigo fugir de mim
Sempre estarei lá...
Te vendo na minha cabeça
Te desejando na minha cabeça
Te injetando lentamente na minha cabeça
E eu não consigo fechar os olhos e não te enxergar
Estou doente e preciso me tratar
Mas até na cabiceira da cama da clínica você está
eu não sei mais pra onde correr
Se tudo que eu encontro
Se tudo que eu vejo
É o que me leva pro fim do túnel
de saída inexistente
É minha alma gritando loucamente
sem que eu consiga escutar
Sem reflexos
Sem pudor
Sem seu amor
Me ensine de vez a te evitar... Me ensine a não te procurar
Me ajude a não me maltratar... Me explique como consigo parar...
Antes que eu não tenha mais forças
Pra nem sequer pedir ajuda... RR
Nenhum comentário:
Postar um comentário