segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

sábado, 22 de janeiro de 2011

Mente vazia...

Tenho conversado menos comigo mesmo. Não ouço mais com frequência a minha voz quando estou sozinho, a não ser quando canto, como ontem, ai eu grito mesmo. Nos últimos dias e acho que também nos próximos, tenho tentado driblar minhas confusões. Dispersando para um "nada", para um silêncio um tanto nostálgico, mas que ao menos não me atordoa, não mina meus espaços com pensamentos ruíns. Ele abre um estranho vácuo que eu preencho apenas com o tic tac dos relógios e o passar das horas. Cumpro minhas obrigações quase sempre com tranquilidade. Coisas inacabadas tem me esgotado um pouco. E o meu "nada a fazer" por vezes até me incomoda, mas eu não to dando muita bola. Isso é estranho porque eu nunca o fiz, nunca deixei minha mente "vazia" e acho que isso é uma coisa comum a muitas pessoas. Mas a mim não. E pra ser franco, não quero que isso se estenda por muito tempo, não. Quero que seja apenas um subterfúgio momentâneo do qual faço uso.
Ontem, por exemplo, fiquei em casa bebendo tequila e cantando. Alguns amigos me chamaram pra sair eu acabei não indo. Preferi as quatro paredes da minha peça favorita da casa. Estava sozinho e pude pôr o som bem alto, pobre dos vizinhos que devem estar querendo minha cabeça. Eles já nem me cumprimentam na rua. Passada um pouco a euforia, estava tonto e suado, parei um pouco no computador, com o som a mesma altura, apenas sem minha voz irritante no fundo. Meu telefone tocava com convites para a rua, mas eu não estava mesmo afim. Depois de um tempo, ia me dirigir para o chuveiro e tomar um banho, porém quando cheguei no quarto a cama me fez aquele convite típco "vem aqui, só um pouquinho!!!" E eu fui, né. Resultado...zzzzzzzzz!!!!

Ps >>> para cada dose de tequila era uma foto, vou colocá-las aqui no próximo post!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Lágrimas

Tá chovendo nos meus olhos
espero que passe, como tudo passa

Tá crescendo o que eu sinto
e eu não minto, quero mesmo

E que seja tudo
E eu não fique mudo
na hora de falar

tudo que eu desejo ter
tudo que eu desejo ser

Ta chovendo nos meus olhos
Não vejo onde errei
mas quero consertar

Ta batendo um pouco mais forte
meu coração procura a sorte

Que não faça ele chorar
Até que a paz reine em seu lugar

E no mais eu não sei como agir
Eu estou dentro e não quero sair
Apenas aguardo, saboreio sem pudor
Esse gosto amargo que também tem no amor

Mas sei que isso terá fim
E a felicidade será completa assim
Eu não sei dizer quando
Apenas sei que por enquanto

Continua chovendo nos meus olhos

Lágrimas...
RR

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Futebolzinho e Mentiras...

Agora... madrugada de sexta para sábado... assisto dvd do guns n roses, rola Welcome to the Jungle nesse momento...

Bom quando coisas que mesmo antigas sempre são atuais para gente. Como o gus n roses. E assim como algumas amizades. Hoje me reaproximei mais de um antigo amigo. Nos considerávamos irmãos. Nossa conexão foi rápida, assim que nos conhecemos, ha alguns bons anos atrás. Passamos por várias coisas juntos e existem histórias e mais histórias que a gente volta e meia relembra quando se encontra. Pois bem, hoje nos falamos, tomamos uma cerveja e ele me convidou para um futebol mais tarde. Ali pelas dez da noite. Topei. Cheguei em casa pelas nove, comi algo e depois li um pouco até que chegasse a hora de sair. Antes de chegar no campo, esperei um pouco por ele que chegou de carro com mais dois amigos. Estava praticamente fechado o time. Só faltava um. Acabou que foi gente demais e formaram-se três times. Fazia muitos anos que a gente não jogava junto, faz tempo que eu não jogo também, resumo, tô um caco. A primeira a gente venceu. Depois foi só derrota. Ninguém tirava um dos times, que vencia os outros dois sempre. Ora com facilidade, ora não. Lá é disputado o negócio. Eu sou do tipo raçudo, literalmente dei o sangue pelo time, já que meu pé chegou em casa sem um pedaço. A gente tem futuro, se jogarmos mais vezes juntos, acredito que em breve possamos adquirir um entrosamento legal. Por fim conseguimos vencer outra e empatar a última, porque o tempo acabou. Então somou-se duas vitórias, um empate e infinitas derrotas. Precisamos melhorar!!! Acho que eles gostaram da minha raça de jogar, pois me convidaram pra semana que vem. Acho que encontrei um bom entretenimento para minhas sextas.

Terminado o jogo, todos suados e exautos. Decidimos mesmo assim irmos para o centro. Chegamos até a rua direita, que é a principal da cidade. Compramos algumas cervejas e ficamos por ali papeando. Para todos que encontrávamos, dizíamos que ganhamos tudo lá no futebol (risos). Eu nem chinelo tinha, parecia um mendigo. Estávamos em quatro. Dois de nós, casados. E aí pude observar uma coisa lamentável. As esposas ligavam sem parar. Muito mesmo. E eles não as atendiam. E tramavam qual seria a mentira que teriam que inventar em casa, pois se dissessem que estavam no centro, era merda na certa. Aí penso, a que ponto eles conseguiram chegar. Isso não é legal. Tudo que a gente fez foi jogar bola, ir até o centro, beber cerveja e rir. Depois todos foram para suas casas. Pergunto: "_ O que há demais nisso?!" É ridículo eles precisarem mentir. Lógico, não sei de nada sobre suas vidas. Talvez eles já tenham dado infinitos motivos para tal comportamento. Mas mesmo assim. Nããããããoooo! É inadmissível uma coisa assim. Esse meu amigo está casado ha sete anos. Bastante. O outro eu não sei. Devia haver confiança. Achei triste. Não quero me ver nessa situação. No dia em que tiver casado, quero poder chegar em casa e dizer à minha mulher: "_Jogamos bola, ganhamos todas e depois fomos ao centro, bebemos umas cervejas, demos bastante risadas e aqui estou agora para te amar..." Depois eu digo que, na real, não ganhamos tantas assim. E, por fim, fazer amor até de madrugada.

O futebolzinho de toda semana é muito bom, relaxante. É ótimo poder reunir os amigos, jogar uma bola e beber um pouco. Quero ver se dou sequência a essa distração . Agora é foda precisar mentir sobre isso ao chegar em casa.

Eu quero que meu lar seja minha tranquilidade. Meu ponto seguro de paz e não meu campo de guerra e ninho de mentiras. Desejo sorte aos meus amigos, mas lamento por suas situações. E desejo de coração nunca me ver numa parecida.

Pô, eles não vão nem poder chegar em casa e se gavarem para suas esposas que ganharam todas, mesmo que a gente tenha perdido a maioria...hehehe... Bom, agora vou seguir assistindo guns e depois vou dormir. Agora me despeço ao som de "The Garden"...até mais... RR

Finalidade...

Tento chegar até a saída de coisas que me consomem
Eu busco as portas e janelas, buracos e frestas
Meus momentos mais sóbrios
são aqueles em que bebi tudo
porque ali é justamente onde meu pensamento
flutua da forma mais livre,
sem preocupar-se com afazeres
com contas para pagar e com nada
Apenas envolve-se na magia de viver
de saber que não é só mais um dia qualquer
é o dia de hoje e precisa ser vivido
Absorvido, fazendo o ar entrar mais fácil

pausa para um telefonema...

Retorno, retomo meu pensamento
vemos tantas coisas piores por ai
Comparado com as que nos incomoda
vemos fome, vemos misérias, tragédias
impunidade, egoísmo, assassinatos, infelicidades
Ficaria a eternidade aqui citando coisas
Noto vários disfarces espalhados por aí
Vejo falta de assunto entre casais
No mais, nem tenho nada a ver com isso
Quero mais é beber minha cervaja
E rir com meus amigos
Perder mais um pouco na sinuca

Mas escuta, eu ainda tenho guardado pra alguém
Além do que eu já disse, trago aqui
bem cuidado, à espera,
Em minha cela sou prisioneiro
Por querer daquilo que sinto
Vejo ao fechar os olhos
o lugar mais belo, pra eu sonhar
e amar, minha coragem se estende
E eu vou até onde for preciso
darei o meu melhor em prol do amor

O sonho de muitos
vem sendo minha realidade
Verdade, me faz bem
e viver sem... não, não, não
agora não,
Pois meus passos estão cheios de certezas
Riqueza da minha alma, lá do fundo
O mundo que eu estou construindo
Ouvindo uma das minhas músicas favoritas
Eu sinto que estou tendo tudo que eu quero

Espero, claro, um pouco mais
Quero o perfume da flor mais cheirosa
A rosa, o seu pescoço ao meu dispor
Mas que amor, eu vou usufruir
Sem sair, por tempo indeterminado
Ao meu lado, eu imagino as coisas que podemos fazer
Viver... como sempre sonhamos, e agora
chegada a hora, só é preciso cuidar
amar, e seguir conforme manda o destino
deixando a vida nos levar ao seu melhor

Desejo a todos que encontrem alguém
Que sintam-se livres, mas não sozinhos
Que sorriam e tragam em sí sentimentos bons
Que sejam belos em todos os ângulos,
Felicidade estampada para todo mundo
verdadeira, sem nada para camuflar

Apenas a finalidade de amar... RR

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Tudo por causa do chá!

Estou a cada dia que passa me acostumando a enfrentar meus defeitos. Estou me deparando com eles a cada fração de hora. Minha mente articulosa entra em paranóia e acaba por espancar meu coração arredio que também não deixa de ser teimoso naquilo que quer, e luta até o fim. Meu órgão sexual assisti a tudo e ele não tem tido espaço no meio dos debates de minhas partes, que estão ficando restritos aos dois elos que acabo de citar. Por conta disso, às vezes meu peito acelera e minha cabeça dói e vice-versa também acontece quando meu peito dói e minha cabeça acelera. Os dias passam e eu vou me virando. Isso torna-se assustador quando chegam as sextas e sábados. Minhas atitudes comigo mesmo são incrivelmente subornadas por mim e eu não sei o que esperar do meu pensamento. Imaginativo ele tende pro lado que mais pode me aterrorizar. Enquanto surta, aguarda um sinal que me acalme e que faça eu repousar um pouco. Enfim, um tantinho de paz. Até que um tiro silencioso me disnorteia e eu fico surdo, cego e quase mudo. Balbulcio coisas insignificantes para as paredes. Relato tragédias que na verdade não estão acontecendo e eu fico nesse castigo até que o sinal se repita e as cenas se completam sempre com o mesmo desfecho. Meu espírito é quem mais sofre com isso. Se eu usasse drogas estaria perfeitamente explicado. Mas minha dependência é outra. Tão viciante quanto. Depois do chá tomado e o saquinho mergulhado na caneca, a fumacinha que chega ao nariz é imensamente prazerosa e o seu gosto marcante me faz querer de novo mais e mais, e se a caixinha não está perto eu fico assim. Não preciso vender as coisas de dentro de casa, porque dinheiro não é a questão. No inverno passado me entorpeci dessas doses e acabei ficando completamente viciado. Não há terapias nem grupos de ajuda. A solução que vejo é esperar até que eu possa repetir o ritual e quem sabe torná-lo diário. Mas até isso acontecer eu busco no meu tempo vago de paz, aquele tantinho de momento a que me referia, minutos de reflexão que me levem até a conclusão sobre como acalmar e achar um acordo entre minhas partes que estão se opondo uma à outra. Sem razão as duas me fazem crer que querem o mesmo, mas por que brigam e parecem se odiar tanto? Pelo que entendo estão divergindo sobre os caminhos de chegar ao mesmo destino. E meus colapsos se repetem. Ora mais intensos, ora menos. E ai eu acabo aproveitando muito pouco daquilo que sempre valorizei. Porque tudo em mim está compenetrado nessa guerra particular absurda que travo com minhas próprias emoções. Sou um alvo de mim mesmo sendo perseguido com balas de qualquer coisa que não mata, mas machuca. Estou preso num círculo procurando a saída. Quando durmo, por vezes consigo encontrar, mas na maioria é difícil conseguir até dormir. A fogueira vai crescendo e eu to descalço nela, meus pés ardem e eu começo a me deteriorar. Que venha a enchente de boas maneiras e atos que me dissolvam disso tudo, me fazendo retornar a ser alguém menos problemático pra mim e para os outros.
Enquanto isso o mundo vai girando e as mudanças vão ocorrendo ao meu redor. E eu vou dando conta conforme posso. Pois não consigo estar totalmente entregue e coisas que deveriam levar um dia pra ficar prontas se arrastam por semanas. Mas nem a lerdez vai me afetando. Não é ela que me sufoca. Só atrapalha. Com o calor meu ânimo se abala. E eu não o acho. E tudo isso girando em torno daquele chazinho lá do meio do texto. Ele é a chave e tudo. É este o tesouro do qual eu tenho o mapa e estou enlouquecido à procura. O final feliz parece se aproximar a cada dia e creio que seja a espectativa dele a razão pra toda essa minha psicose momentânea. Ahaamm. Acho que estou chegando às respostas. No meio dessa imensa reflexão absurda estou conseguindo me encontrar. Mas preciso do manual de instruções sobre o que fazer, eu deixei esquecido numa gaveta qualquer e nem sequer o li uma vez para que pudesse forçar a me lembrar de algum trecho. Acordo e prossigo no improviso. De tanta coisa maluca acontecendo, ao menos nada mais me surpreende muito. Cheguei num ponto onde tudo é manuscrito. Vai ficando gravado. Gostaria até de um memorial. Um dia talvez eu dê risada disso tudo. Me perguntarei como fui capaz e quem sabe até me orgulhe. É...estranha minha cabeça... ela me leva à caminhos que eu não iria por conta própria. Cheio de bequinhos. Ruelas com pouca luz e algum mistério. Neles me perco porque sempre tive a alma curiosa e investigativa, ela encontra pistas transparentes e eu as sigo e é aí que minha imaginação salta criando o terror por trás do crime que na verdade não foi cometido. Ou ao menos é nisso que eu ainda acredito. Sem voz de prisão não há constatação. Sem mãos pro alto não há revista. E isso torna-se instigante.
Acho que devo parar por aqui, já tá chegando a hora de eu ir ali na cozinha tomar um chá...pena que só tenha o de canela... até mais...RR

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Comédia na segunda

Filme de comédia na segunda... Até que gostei...
sem muito o que comentar...



O que você faria com apenas um barbante, um chiclete e um palito de dente nas mãos? O que não passa de inúteis objetos para o restante do mundo, é, para MacGruber uma verdadeira chance de construir uma arma perfeita! Temido por seus inimigos, respeitado por seus comandantes e amado por seus fãs, MacGruber carrega a dura missão de enfrentar as mais perigosas ameaças usando apenas suas mãos. E desta vez, uma ogiva nuclear é roubada, o principal suspeito é seu terrível arquinimigo, Dieter Von (Val Kilmer). MacGruber reunirá um exército de bravos guerreiros para acabar com esta terrível ameaça e salvar o mundo mais uma vez antes da novela das oito.

Papo de um coração aflito...

Ele me chamou no meio da noite. Disse que estava inquieto e precisava falar. Não me deixou dormir direito e instigou-me a raciocinar. Começou dizendo que sentia-se muito mal naquele momento mas não achava sua culpa. Achei que ele estava se auto-castigando e tentei acalmá-lo. _O que se passa? Conte-me devagar!
_Eu estou apertado. Me Parece que vou explodir. Não to aguentando mais.
_Mais o que houve??? Já to ficando preocupado!
_Eu convenci o resto de quem me guarda a seguir o que eu queria, e que na verdade, ainda quero. É um alguém. Mas esse alguém me machuca muito, às vezes penso que sem querer, às vezes penso que não. Tá confuso. Eu fiz um esforço de anos para conseguir, lutei muito, e acho que de vez em quando tudo ameaça perder-se, e por bobagem...
Ele começou levemente a deixar uma lágrima cair. Depois veio outra, outra, e mais outras... Soluçou, respirou e prosseguiu:
_Eu dou o máximo de mim para cuidar, eu dôo meu tempo, meu olhos e pensamentos, eu faço tudo direitinho, eu batalho e enfrento qualquer coisa, eu sou leal e fiel, eu aguento a abstinência e o ciúme das outras partes que me compõem, eu enfrento os obstáculos e me seguro como posso, mas sofro injustiças volta e meia e to com medo de ta metendo os pés pelas mãos, nesse momento to me sentindo sozinho e sem carinho. To no chão. To na mão de alguém. Que tá me apertando. Parece até com raiva. Eu não sei porquê! Acho que não mereço.
Ouvi tudo em silêncio. Tava dormindo e sentia sono, mas precisava ouvi-lo. Não podia dormir com essa situação acontecendo.
_Tenta ter mais personalidade. To te vendo muito entregue. Tu ta atirado de cabeça nisso e, pelo que percebo, não consegue pensar em mais nada.
Ele consentiu. Eu prossegui.
_O teu mundo é maior, não podes pensar só no teu lado.
_Mas eu preciso dela para estar bem. Nesse momento ela é tudo que está aqui.
_Porque tu assim o fez.
_É. Porque me completa. Me acalma. Mas quando eu não consigo contato, fico aflito. Faço um caos aqui dentro e isso reflete lá fora, tenho certeza. To me maltratando. Todo fim de semana é um inferno. Ela não está aqui. Está lá longe. Gosta de festas e de dançar. Eu fico aqui na espectativa de um contato. Às vezes os que eu pesso para fazer são em vão.
_Calma, és parte de mim e eu não posso te deixar assim.
_Eu preciso delaaaaaa. Eu não quero mais isso do jeito como tá. Quero ela perto de mim de verdade.
_Mas se tu luta por isso ha anos, como era antes, já foi melhor?
_Na verdade, não. Nossa proximidade aumenta cada vez mais. Já houve vezes de tudo estar realmente perdido. De não haver esperanças. Agora a gente parece junto. É só esse sofrimento que volta e meia me sufoca. Sofrimento por não tê-la, por ser ignorado sem razão.
_Converse!
_É o que eu mais faço. Não entendo o porque de quando ela se revolta.
_Mulheres!
_To totalmente entregue mesmo.
_Viva tudo. Mas se cair, saiba que é normal e que precisa levantar. É foda se entregar tanto assim. Porém é mais puro, é mais limpo.
_Sim, eu não jogo, eu estou sendo verdadeiro. Só não quero sofrer.
_É, mas pra quem ama, é quase impossível.
_Que ruim ouvir isso.
_É a verdade.
_Não deveria! O amor é tão lindo.
_Tudo que envolve mais de um alguém é complicado. Brigas de egos, discussões, ciúmes.
_Mas eu não quero assim. Quero ser diferente. Quero que minha história seja única e seja de paz. Não quero essa guerra que estou passando. Não tem porque isso. Quero coisas boas. Já to causando muitos problemas por causa disso.
_Se eu aceitei tu assim, não vou te questionar. Lute pelo que você quer. Mas tenha personalidade. Pare de ficar inseguro. Isso é o que te atrapalha. Dê seus passos com firmeza. Não volte atrás nas suas palavras. E sempre diga tudo. Sempre.
_Vou tentar. Mas eu preciso ser mais compreendido. Senão fica difícil.
_Eu sei. Tu vai ser. Volte pro meu peito e te aquieta. Amanhã tudo será melhor.
_Ok. Obrigado por me ouvir.
_Já te disse, fazes parte de mim. Nunca te deixarei falar sozinho.
Depois desse papo ele parou de me incomodar. Desacelerou e bateu tranquilo. E eu pude voltar a dormir. Espero que amanhã realmente seja melhor. Também não quero mais vê-lo assim. Dói em mim. RR

sábado, 8 de janeiro de 2011

E o Show do Nenhum De Nós

A oportunidade do primeiro show do ano... Nenhum de Nós, na praia do Cassino. Exigiu um certo esforço extra já que foi numa sexta e, portanto, sábado eu teria que trabalhar; e aqui estou agora no meu serviço, sem dormir. Pra isso, ontem à noite quando cheguei em casa, logo tasquei-lhe um litro de energético, que sempre funciona comigo. Liguei para os meus amigos, mas essa é uma parte lamentável que eu prefiro nem comentar. O único que se habilitou foi o Líder Mainar, já citado anteriormente por mim neste blog. Ficou combinado que pegaríamos a lancha das onze, e chegaríamos no Cassino por volta da meia-noite e pouquinhos...o que já tava de bom tamanho. Eu não tinha o objetivo de me entorpecer com nada e isso realmente não aconteceu. Fui e vim sóbrio e nada do que eu bebi me fez efeito algum. Fiquei tomando energético e ouvindo Nickelback em casa até a hora do Mainar chegar e nós saírmos. Aí começam os acontecimentos...


Depois de andar duas quadras de casa, o meu sexto sentido veio me soprar o ouvido, dizia-me em voz baixa que eu devia voltar até em casa porque havia alguma janela aberta. Aquela pulga atrás da orelha que te morde e diz que esqueceste de algo. Pensei em não dar importância, mas mudei de idéia enquanto ainda dava tempo. Resultado: haviam duas janelas abertas e ninguém estaria em casa até a madruga. Depois disso precisamos fazer uma corrida contra o tempo para que pegássemos a lancha das onze. Ainda falei para o Mainar que sempre quando tenho que correr para chegar a algum show, ele sempre acaba sendo bom, é uma tradição (ao menos na minha cabeça). Alegria quando vimos que chegamos na hidroviária e ainda faltavam cinco minutos pras onze. Decepção ao saber que só haveria lancha as onze e meia. Suados e levemente irritados, olhamos um pro outro com a mesma indignação. Mas não era clima pra desânimo e isso não era motivo pra tanto. Na pior das hipóteses, perderíamos o começo do show. Nessa eterna meia hora que tivemos que esperar, tomamos duas caipiras no bar do nosso amigo Cléber, chamado Pier. Depois de bater um papo e bebericar, enfim chegou a hora da lancha e lá fomos nós. Enquanto tinha caipira no copo foi divertido...ficamos brincando com os limões, parecendo duas crianças retardadas.




















Depois de tirarmos essas fotos bizarras e desnecessárias, fizemos o copo da capira de alvo e começamos a atirar os limões tentando acertar. Muito construtivo. Enfim, chegamos a Big River, e já começamos a nos dirigir com pressa rumo ao ônibus. Pois nas nossas cabeças retrógradas ainda estava o pensamento de que era quase certo que chegaríamos e a banda já estaria no meio do show. Antes de cruzarmos o calçadão nos deparamos com um dos hotéis mais requisitados da cidade, onde pessoas famosas que por ventura aparecem sempre se hospedam. E havia uma galera na rua. Com intrumentos e camisetas pretas. Quando reconheci o guitarrista do Nenhum de Nós, só pela careca. Me lembrei do que havia dito sobre quando tenho que correr para algum show. E era! A banda estava ali. Apenas eles. Nenhum fã se ligou em estar ali, ou eles não teriam muitos fãs em Rio Grande, opção que caiu por água abaixo no show. Então nós éramos os privilegiados. Na verdade mais ou menos, porque ainda tínhamos que pegar ônibus. Privilegiados são eles que tem uma banda e fazem shows por ai. Nós estamos ralando. E pagando pra vê-los. Enfim! Cumprimentamos todos eles. O Segurança nos olhou de cima a baixo. Tiramos fotos com o Sadi, que é o baterista. O Tedy Côrrea não havia descido ainda e se esperássemos podíamos perder o ônibus. Teria que ficar pra depois.


Todos foram atenciosos com a gente. Momento muito legal...



























Nos despedimos com um até breve e fomos rumo à parada do ônibus do Cassino. Lamentamos não ter esperado o Tedy, mas tudo bem. Chegando lá, haviam três garotos que iam para uma festa de funk. Falavam sobre "pegar" meninas, e amigas deles que "pegaram" vários na última festa, e a vagabunda "tal" que um deles tava afim, mas que agora não queria saber, e quantas iriam "pegar" naquela noite e enfim, bebiam catuaba enquanto o papo deles se bazeava nesse ótimo conteúdo que me deu até nojo. Em seguida parou uma senhora que queria saber onde era a parada do seletivo, sendo que uma placa enorme ha poucos metros mais adiante indicava. A idéia do seletivo também me cobiçava e todos nós, eu, mainar, senhora e moleques corremos desesperados quando este chegou. Para nossa desgraça ele só ia desembarcar o pessoal que chegava, não haveria mais seletivo. Resumo, dava tempo de ter esperado o Tedy, pois aguentamos por eternos 20 minutos até o ônibus comum chegar. Nesse meio tempo chegaram duas meninas com micro vestidos preparadas para a noitada, conversando sobre assuntos fúteis. Depois chegaram mais algumas pessoas e finalmente o busão para nos levar até o destino. No caminho o silêncio predominou, longo como o trajeto de 25km que percorremos. Chegando lá, descemos algumas quadras depois do St. patrick, que era o nome do lugar. Tivemos que perguntar onde era e sair correndo para chegar de uma vez. Passamos na frente de festas com intermináveis filas até que chegamos onde queríamos. Já devia ser quase 2h e eles não haviam entrado ainda. Íamos comprar tequila mas nem deu tempo, pois assim que entramos eles subiram ao palco, como se estivessem apenas nos esperando para começar. O calor era violento e o lugar tava absolutamente lotado. Era difícil até de respirar. Fomos pro meio e demos a sorte de achar uns malucos dispostos a agitar. Não paramos de pular um minuto sequer. Rodízios de cerveja que por fim serviram de champagne que a gente jogava na cabeça, o que incomodou os seguranças. O show foi demais. Tocaram bastante e eu não lembro a última vez que tanto suor caiu de mim, nem quando eu fazia academia era assim. Milenar. Todos os hits, Camila, Sobre o Tempo, Julho de 83, Astronauta, Paz e Amor, Das Coisas que eu Entendo, Diga a Ela, Vou deixar que você se vá, dentre outros tantos. Até Segundo Sol, de Cássia Eller, eles tocaram. Ao final ninguém aguentava mais o calor. A turma toda se cumprimentou e fizemos um bolinho uns em cima dos outros no chão, o que também incomodou os seguranças. Enfim.



Terminado o show, rolou música eletrônica e Mainar e eu ficamos zanzando por ali. Fomos até a rua onde um carinha cismou que nós éramos "os caras da bala". Teimou até o fim que eu era o vendedor e ele queria comprar. Me diverti enrolando ele com falsetes, enquanto bebia sua smirnoff. Se chamava Márcio, a figura. O Líder Mainar, também conhecido como "Mão-de-Ferro", mostrou-me sua comanda que estava molhada. A minha também estava. Mas dali há poucos segundos ele tinha conseguido rasgá-la ao meio já. É demaaaais. Andando por todos os cantos, percebemos uma sala bem grande, toda de vidro, separada da festa. Lá haviam algumas pessoas que dava para ver mais ou menos. Quando demos por conta, era a banda que estava lá. Tentamos entrar mas não dava mais. O cara que cuidava da porta nos barrou. Tudo bem, tinha valido até ali. Mas daqui há pouco o cara sai e quem fica cuidando por alguns minutos é o segurança da banda. O mesmo que nos olhou de cima a baixo no hotel. Era a nossa chance. Conversei com ele, ele se lembrou das nossas caras feias e nos permitiu entrar, contando que fosse rápido. Havia uma mesa cheia de salgadinhos e um freezer lotado de cerveja, para a banda, lógico. Trocamos mais uma idéia com eles e finalmente com o Tedy Corrêa.
Por fim, volteamos mais um pouco por ali, onde fiquei a analisar um pouco as coisas. Na fase atual que vivo, estou vendo certos acontecimentos com outros olhos. E sei os porquês disso. Teve um casal discutindo vêemente, aparentemente por bobagem, mas depois se acertaram. Não achei legal umas meninas lindas e podres de bêbadas, assim como alguns carinhas desesperados por droga, como o próprio Márcio, que quando me via ainda insistia nas tais balas que só existiam na cabeça dele, ou que ele queria que existissem. Gostei de uma galera de três meninas e um cara, que estavam bem alegres e cantavam e dançavam sem se importar com ninguém. Curti eles. Mainar e eu estávamos exaustos já. Só olhávamos. Haviam algumas pessoas solitárias e bastante casais. Volta e meia encontrava-mos um ou outro da galera que curtiu o show com a gente, sempre faziam questão de nos cumprimentar. Na finaleira o Mainar ainda tomou tequila. Ô Mainar!!! Por isso que é o líder. Mas não fez fiasco dessa vez, sim, porque tem histórias violentas do Mainar, um dia conto alguma aqui. Então decidimos acertar as contas e irmos embora dali. O primeiro ônibus devia ser as 6h, a essa altura já era quase 4h e 30 min, então saímos praticamente nos arrastando, conversando e cogitando a possibilidade do Márcio, aquele cara maníaco das balas, ser um possivel investigador disfarçado, imagina...queria porque queria meu número, ai eu disse que eu não era o "contato", e que este só tratava pessoalmente e eu não podia dar telefone...ele compreendeu. Hehe. Caminhamos em volta das festas que ainda aconteciam, pegamos a avenida e fomos vagarosamente até a frente de Iemanjá, onde agradeci e pedi por coisas que me completam e que sei o que são. Depois à beira da praia e por fim retornamos um pouco até a parada do ônibus. O qual me serviu de cama, pois dormi um sono bem tranquilo, porém com frio, por causa da camiseta ainda molhada. Já na lancha praticamente entrei em coma, quando era chegada a hora de descer eu não conseguia caminhar porque minhas pernas adormeceram muito. Me senti como um deficiente. O Mainar se apavorou, achou que eu não ia caminhar mais. Primeiro riu, ai depois ia ficando em pânico já. Mas foi questão de minutos. Fui pra casa, tomei banho e um café, resisti à tentação da cama e estou aqui, matando tempo nessa manhã de sábado contando essa imensa tragetória de ontem a noite.
Abraçoss e até mais..RR

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

As coisas que quero

Pra ser feliz basta acreditar
Quero a positividade do meu lado
quero a liberdade de pensar e falar
o que eu bem quiser
Não gosto de rótulos
prefiro o que é de verdade
o que é puro e que invade
qualquer alma com qualquer energia boa
Eu vim ao mundo e não quero ficar aqui à toa
Só desejo o bem a todos, e faço o que puder

Tenho sonhos que aos poucos ameaçam ficar pra trás
eu faço força pra não deixá-los morrer
um dia quero chegar lá onde eu sempe almejei
Tudo passa rápido e eu não posso ficar dormindo
pois mesmo que às vezes estejamos de olhos abertos
na verdade vivendo em sono profundo

Dos sentimentos quero cuidar de todos
o amor é o bem maior que alguém pode ter
e eu vou manter, pretendo viver tudo
quero paz, não quero tortura
quero aproveitar cada momento
desejo ter a mente aberta
E se eu me adiantar à hora certa
é porque quis e assim o fiz

Sou dono das minhas opiniões
e não vou trocar isso por nada
posso mudar, mas não por que
os outros vão me impor isso
quero dialogar mais
espero continuar escrevendo
tanto quanto já o faço
Essas e outras coisas que almejo

Quero fazer muito sexo
e me divertir muito
a dois, a sós, com música ao fundo
com taças de vinhos
arranhões, apertões e carinhos
Quero falar bobagens ao pé do ouvido
quero proferir vulgaridades
e pegar com vontade

Quero manter meus amigos por perto
Eles sempre sustentam meu sorriso aberto
Conto-os nos dedos, mas ainda os tenho
Desejo viajar bastante
Conhecer lugares, paisagens, cidades
Quero manter esperanças
De amanhãs cada vez melhores
de prosseguir batalhando pelo que acredito

Todavia,
Ha barreiras a encarar
As lutas que vou travar
conto com fé, conto com sorte
A única coisa certa na vida é a morte
Então viverei a minha vida
e não a dos outros
como muitos o fazem,
Vou seguir minha intuição
E tudo que fizer,
Continuará sendo de coração... RR