Um blog sobre minhas visões, enigmas que trago na mente, as coisas que eu escrevo e vivencio...minhas forças e fraquezas...verdades e inverdades madrugadas em claro e tudo mais...
domingo, 28 de novembro de 2010
Noite Chata
queimo quem encosta e derramo água quente
em formas de palavras proferidas
Experimento sençasões,
não me surpreende as reações
Meu eu me diz bobagens
Eu não quero ouvir
melhor me retirar
minha cama é o melhor lugar
Subterfúgio de quem ta inquieto
mas que sabe onde se encontra
e como não ta aqui agora
melhor deixar pra lá essa noite chata
Onde eu estou chato
Onde eu não salvo meus atos
Mas ainda respondo por eles
assino embaixo de minhas previsões
E digo em alto e bom som
Que ainda estou certo de que é o melhor...RR
Conflitos Internos
Eu ainda erro o tom
da minha própria vida
Escondo de mim mesmo a saída
O sangue esquenta
Ja ta acostumando
eu fico esperando
ja sabendo que é em vão
analise a minha situação
Estou aqui, estou só
Penso em mil coisas
que não deveria pensar
suponho tragédias distantes
imagino cenas relevantes
que eu não deveria me importar
transformo algo bom numa doença
que afeta a mente e não me deixar dormir
e eu fico em casa, evitando sair por ai
Insistindo em combater meus conflitos internos
Malditos conflitos internos!!!
Sol de verão
na minha sala não há som
E repito a minha sina
Continuo escondendo a saída
E isso me atormenta
Daqui ha pouco o dia vai clareando
E eu continuo esperando
Todavia minha ilusão
É o que sustenta o meu coração
Permaneço aqui, só
Já não penso em mil coisas
meus olhos começam a pesar
Continuam distantes
Se tornam irrelevantes
Seu modo desconfiado de olhar
Pesquiso a cura pra minha doença
Talvez precise beber e dirigir até colidir
Num muro incolor pixado de amor por ai
Que enfim leve pro inferno meus conflitos internos!!!
Malditos conflitos internos!!! RR
sábado, 27 de novembro de 2010
Filme decepcionante

Fim da Guerra
MUITO OBRIGADO, PREFEITURA! MUITO OBRIGADO!!!
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Escute-me
estou aqui
meu pensamento está voando
e ele me diz coisas que eu não quero acreditar
que eu não quero acreditar
eu passei por tantas coisas
e as flores não nasceram
e minha vida está diferente do que eu imaginava
pois nada mais me levará
às palavras não ditas
às frases esquecidas
eu vou pegar
pra você ler
Eu vou pegar
pois eu posso
Escute-me
Eu vou confundir
porque simplesmesnte
eu não posso negar
que te amo
e estou convencido
que o melhor é te amar
Ahahahahahahaahha
To tão feliz que posso até confundir
as coisas certas a fazer hoje e amanhã
Nosso amor está no ar
E você pode até pegar
pegue e dê para mim
daquele jeito, assim
Aham, Aham, Aham, Aham
Quero viver de bem com você
pois é o que me sustenta agora
Quero viver bem
sempre de bem
sempre...RR
Leitura do mês

Holmes vive! Em cinco histórias de detetive recém-criadas, engenhosas e místicas.Dopado, algemado e condenado, preso em uma cela abafada nas profundezas da infame e abandonada prisão londrina de Newgate, o maior detetive da literatura mundial aguarda sua execução levada a cabo por um grupo vingativo de terríveis e velhos inimigos.A fuga é impossível; a morte, uma certeza. A não ser que Sherlock Holmes, em uma excepcional iluminação do espírito, combinada com bravura, consiga escapar do laço do carrasco e viver para tocar seu violino, espionar e raciocinar outra vez mais. Apesar dos imensos obstáculos, Holmes também desvendará o código do Serviço de inteligência alemão nos meses que antecedem a participação da Grã-Bretanha na Primeira Guerra Mundial, levando O caso da chave grega a um final de excepcional elegância. Em toda parte dos cinco contos escritos com destreza, paira o suspense enigmático e misterioso no ar nada, porém, que escape do domínio de mestre do incomparável Sherlock Holmes.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
27 Anos da rádio Ipanema Ovelha Negra
Algumas Imagens falarão mais que mil palavras que eu possa colocar aqui...




O Mestre Alemão Ronaldo ("_aqui toca rock'n'roolll, não tem axé, não tem pagode, foda-se!")
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Inveja
Obs::: ainda postarei sobre a missão do fim de semana, que era o aniversário da rádio ipanema e que foi cumprido com devido sucesso... até breve...
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Missão do Fim de Semana
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Em Busca de Harmonia
Algum Tempo depois...
Pronto.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Uma Briga Feia
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
A 1ª vez da Formiguinha
À luz do sol fraco descansava
sua cabeça e seus pensamentos
Voltada ao seu pequeno universo
Pensava em coisas que faltavam
Suas amiguinhas todas já namoravam
mas ela ainda não provara desse mel
A formiguinha nunca tinha ido pro motel
Ela sequer havia beijado na boca
imaginava o quanto essa sensação era louca
olhava ao redor e fumava seu cigarro
enquanto as outras formigas festejavam
houve um dia então, uma forte chuva, um trovão
Ela queria e precisava transar
nos seus sonhos quentes, tão inconseqüentes
a pequena formiga rainha suspirava
era tão real o seu vôo nupcial
No sonho ela gritava
"_Saiam todos da minha casa!!!
Eu quero perder as minhas asas!"
E o grande momento chegava
Mas nessa noite porém
O sonho foi além
Sem entender o quanto estava sendo real
não viu que o macho teve a idéia genial
Entrou escondido pela porta da frente
Deitou ao lado da formiguinha inocente
e enquanto ela sonhava ele trabalhava
Primeiro devagar, depois mais forte
Pobre formiguinha sem sorte
Tanto sonhava e não viu acontecer
E raiando o dia, chegando a claridade
A formiguinha tinha perdido a virgindade
Tão somente suas asas haviam caído
Exercícios de Violão
Eu DECIDI, e vou. Ah! Se vou! RR
domingo, 14 de novembro de 2010
Um texto cheio de Atrevimentos...
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Filme na Matina
Fletcher Reede (Jim Carrey), um advogado, se vê em uma situação delicada quando Max Reede (Justin Cooper), seu filho, ao soprar as velas do bolo pede que seu pai não minta por um dia. O desejo é atendido, impedindo Fletcher de falar qualquer tipo de mentira, mas se as pessoas falam uma mentira ou outra, para um advogado mentir faz parte do cotidiano. Fletcher não entende o que está acontecendo e se envolve em várias confusões, principalmente quando precisa defender no tribunal uma mulher traidora (Jennifer Tilly) que tem que se passar por santa para tirar os bens do rico marido.
LIXO DE SERVIÇO
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Fim de semana por ai...
Fim de semana por ai...
sem rumo certo nem hora marcada,
ir onde quiser... matar a saudade...
Parar o tempo, congelar a realidade
Falando de coisa boa, dando risada
Ficar cansado de caminhar
A procura do lanche pra matar a fome
Ou do melhor lugar pra ficar
Na farmácia não tinha nada
mais uma vez nós não tínhamos casa
no ônibus vozes irritantes gritavam
Mas a felicidade andava de mãos dadas
Os sonhos e planos, os pensamentos insanos
As idéais mais loucas, os momentos sem roupa
e tudo mais que trás a paz
Eu estava na sua frente há um dia atrás
Espero repetir de novo tudo que sempre é inédito
ventilador no teto, televisão, aquela posição
As coisas simples que mais têm valor
comemorar quase três anos de um grande amor... RR
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
O Rouxinol e a Rosa
O Rouxinol e a Rosa
_ Ela disse que dançaria comigo se eu lhe levasse rosas vermelhas – exclamou o Estudante – mas estamos no inverno e não há uma única rosa no jardim...
Por entre as folhas, do seu ninho, no carvalho, o Rouxinol o ouviu e, vendo-o ficou admirado...
_ Não há nenhuma rosa vermelha no jardim! – disse o Estudante, com os olhos cheios de lágrimas. – Ah! Como a nossa felicidade depende de pequeninas coisas! Já li tudo quanto os sábios escreveram. A filosofia não tem segredos para mim e, contudo, a falta de uma rosa vermelha é a desgraça da minha vida.
Eis, afinal, um verdadeiro apaixonado! – disse o Rouxinol. Tenho cantado o Amor noite após noite, sem conhecê-lo no entanto; noite após noite falei dele às estrelas, e agora o vejo... O cabelo é negro como a flor do jacinto e os lábios vermelhos como a rosa que deseja; mas o amor pôs-lhe na face a palidez do marfim e o sofrimento marcou-lhe a fronte.
_ Amanhã à noite o Príncipe dá um baile, murmurou o Estudante, e a minha amada se encontrará entre os convidados. Se levar uma rosa vermelha, dançará comigo até a madrugada. Somente se lhe levar uma rosa vermelha... Ah... Como queria tê-la em meus braços, sentir-lhe a cabeça no meu ombro e a sua mão presa a minha. Não há rosa vermelha em meu jardim... e ficarei só; ela apenas passará por mim... Passará por mim... e meu coração se despedaçará.
_ Eis um verdadeiro apaixonado... – pensou o Rouxinol. – Do que eu canto, ele sofre. O que é dor para ele é alegria para mim. Grande maravilha, na verdade, é o Amar! Mais precioso que esmeraldas e mais caro que opalas finas. Pérolas e granada não podem comprá-lo, nem se oferece nos mercados. Mercadores não o vendem, nem o conferem em balanças a peso de ouro.
_ Os músicos da galeria – prosseguiu o Estudante – tocarão nos seus instrumentos de corda e, ao som de harpas e violinos, minha amada dançará. Dançará tão leve, tão ágil, que seus pés mal tocarão o assoalho e os cortesãos, com suas roupas de cores vivas, reunir-se-ão em torno dela. Mas comigo não bailará, porque não tenho uma rosa vermelha para dar-lhe... – e atirando-se à relva, ocultou nas mãos o rosto e chorou.
_ Por que está chorando? – perguntou um pequeno lagarto ao passar por ele, correndo, de rabinho levantado.
_ É mesmo! Por que será? – Indagou uma borboleta que perseguia um raio de sol.
_ Por quê? – sussurrou uma linda margarida à sua vizinha.
_ Chora por causa de uma rosa vermelha, - informou o Rouxinol.
_ Por causa de uma rosa vermelha? – exclamaram – Que coisa ridícula! E o lagarto, que era um tanto irônico, riu à vontade.
Mas o Rouxinol compreendeu a angústia do Estudante e, silencioso, no carvalho, pôs-se a meditar sobre o mistério do Amor.
Subitamente, abriu as asas pardas e voou.
Cortou, como uma sombra, a alameda, e como uma sombra, atravessou o jardim.
Ao centro do relvado, erguia-se uma roseira. Ele a viu. Voou para ela e posou num galho.
_ Dá-me uma rosa vermelha – pediu – e eu cantarei para ti a minha mais bela canção!
_ Minhas rosas são brancas; tão brancas quanto a espuma do mar, mais brancas que a neve das montanhas. Procura minha irmã, a que enlaça o velho relógio-de-sol. Talvez te ceda o que desejas.
Então o Rouxinol voou para a roseira, que enlaçava o velho relógio-de-sol.
_ Dá-me uma rosa vermelha – pediu – e eu te cantarei minha canção mais linda.
A roseira sacudiu-se levemente.
_ Minhas rosas são amarelas como as cabelos dourados das donzelas, ainda mais amarelas que o trigo que cobre os campos antes da chegada de quem o vai ceifar. Procura a minha irmã, a que vive sob a janela do Estudante. Talvez ela possa te possa ajudar.
O Rouxinol então, dirigiu o vôo para a roseira que crescia sob a janela do Estudante.
_ Dá-me uma rosa vermelha – pediu - e eu te cantarei a mais linda de minhas canções.
A roseira sacudiu-se levemente.
_ Minhas rosas são vermelhas, tão vermelhas quanto os pés das pombas, mais vermelhas que os grandes leques de coral que oscilam nos abismos profundos do oceano. Contudo, o inverno regelou-me até as veias, a geada queimou-me os botões e a tempestade quebrou-me os galhos. Não darei rosas este ano.
_ Eu só quero uma rosa vermelha, repetiu o Rouxinol, - uma só rosa vermelha. Não haverá meio de obtê-la?
_ Há, respondeu a Roseira, mas é meio tão terrível que não ouso revelar-te.
_ Dize. Não tenho medo.
_ Se queres uma rosa vermelha, explicou a roseira, hás de fazê-la de música, ao luar, tingi-la com o sangue de teu coração. Tens de cantar para mim com o peito junto a um espinho. Cantarás toda a noite para mim e o espinho deve ferir teu coração e teu sangue de vida deve infiltrar-se em minhas veias e tornar-se meu.
_ A morte é um preço exagerado para uma rosa vermelha – exclamou o Rouxinol – e a Vida é preciosa... É tão bom voar, através da mata verde e contemplar o sol em seu esplendor dourado e a lua em seu carro de pérola...O aroma do espinheiro é suave, e suaves são as campânulas ocultas no vale, e as urzes tremulantes na colina. Mas o Amor é melhor que a Vida. E que vale o coração de um pássaro comparado ao coração de um homem?
Abriu as asas pardas para o vôo e ergueu-se no ar. Passou pelo jardim como uma sombra e, como uma sombra, atravessou a alameda.
O Estudante estava deitado na relva, no mesmo ponto em que o deixara, com os lindos olhos inundados de lágrimas.
_ Rejubila-te – gritou-lhe o Rouxinol – Rejubila-te; terás a tua rosa vermelha. Vou fazê-la de música, ao luar. O sangue de meu coração a tingirá. Em conseqüência só te peço que sejas sempre verdadeiro amante, porque o Amor é mais sábio do que a Filosofia; mais poderoso que o poder.. Tem as asas da cor da chama e da cor da chama tem o corpo. Há doçura de mel em seus braços e seu hálito lembra o incenso.
O Estudante ergueu a cabeça e escutou. Nada pode entender, porém, do que dizia o Rouxinol, pois sabia apenas o que está escrito nos livros.
Mas o Carvalho entendeu e ficou melancólico, porque amava muito o pássaro que construíra ninho em seus ramos.
_ Canta-me um derradeiro canto – segredou-lhe – sentir-me-ei tão só depois da tua partida.
Então o Rouxinol cantou para o Carvalho, e sua voz fazia lembrar a água a borbulhar de uma jarra de prata.
Quando o canto finalizou, o Estudante levantou-se, tirando do bolso um caderninho de notas e um lápis.
_ Tem classe, não se pode negar – disse consigo – atravessando a alameda. Mas terá sentimento? Não creio. É igual a maioria dos artistas. Só estilo, sinceridade nenhuma. Incapaz de sacrificar-se por outrem. Só pensa e cantar e bem sabemos quanto a Arte é egoísta. No entanto, é forçoso confessar, possui maravilhosas notas na voz. Que pena não terem significação alguma, nem realizarem nada realmente bom!
Foi para o quarto, deitou-se e, pensando na amada, adormeceu.
Quando a lua refulgia no céu, o Rouxinol voou para a Roseira e apoiou o peito contra o espinho. Cantou a noite inteira e o espinho mais e mais foi se enterrando em seu peito, e o sangue de sua vida lentamente se escoou...
Primeiro descreveu o nascimento do amor no coração de um menino e uma menina; e, no mais alto galho da Roseira, uma flor desabrochou, extraordinária, pétala por pétala, acompanhando um canto e outro canto. Era pálida, a princípio, qual a névoa que esconde o rio, pálida qual os pés da manhã e as asas da alvorada. Como sombra de rosa num espelho de prata, como sombra de rosa em água de lagoa era a rosa que apareceu no mais alto galho da Roseira.
Mas a Roseira pediu ao Rouxinol que se unisse mais ao espinho. – Mais ainda, Rouxinol, - exigiu a Roseira, - senão o dia raia antes que eu acabe a rosa.
O Rouxinol então apertou ainda mais o espinho junto ao peito, e cada vez mais profundo lhe saía o canto porque ele cantava o nascer da paixão na alma do homem e da mulher.
E tênue nuance rosa nacarou as pétalas, igual ao rubor que invade a face do noivo quando beija a noiva nos lábios.
Mas o espinho não lhe alcançava ainda o coração e o coração da flor continuava branco – pois somente o coração de um Rouxinol pode avermelhar o coração de rosa.
_ Mais ainda, Rouxinol, - clamou a Roseira – vao raiar o dia antes que eu finalize a rosa.
E o Rouxinol, desesperado, calcou-se mais forte no espinho, e o espinho lhe feriu o coração, e uma punhalada de dor o traspassou.
Amarga, amarga lhe foi a angústia e cada vez mais fremente foi o canto, porque ele cantava o amor que a morte aperfeiçoa, o amor que não morre nem no túmulo.
E a rosa maravilhosa tornou-se purpurina como a rosa do céu oriental. Suas pétalas ficaram rubras e, vermelho como um rubi, seu coração.
Mas a voz do Rouxinol se foi enfraquecendo, as pequeninas asas começaram a estremecer e uma névoa cobriu-lhe o olhar, o canto tornou-se débil e ele sentiu qualquer coisa apertar-lhe a garganta.
Então, arrancou do peito o derradeiro grito musical.
Ouviu-o a lua branca, esqueceu-se da Aurora e permaneceu no céu.
A rosa vermelha o ouviu, e trêmula de emoção, abriu-se à aragem fria da manhã. Transportou-o o Eco, à sua caverna purpurina, nos montes, despertando os pastores de seus sonhos. E ele levou-os através dos caniços dos rios e eles transmitiram sua mensagem ao mar.
_ Olha! Olha! Exclamou a Roseira. – A rosa está pronta, agora.
Ao meio dia o Estudante abriu a janela e olhou.
_ Que sorte! – disse – Uma rosa vermelha! Nunca vi rosa igual em toda a minha vida. É tão linda que tem certamente um nome complicado em latim. E curvou-se para colhê-la.
Depois, pondo o chapéu, correu à casa do professor.
_ Disseste que dançarias comigo se eu te trouxesse uma rosa vermelha, - lembrou o Estudante. – Aqui tens a rosa mais linda e vermelha de todo o mundo. Hás de usá-la, hoje a noite, sobre ao coração, e quando dançarmos juntos ela te dirá o quanto te amo.
A moça franziu a testa.
_ Esta rosa não combina com o meu vestido, disse. Ademais, o Capitão da Guarda mandou-me jóias verdadeiras, e jóias, todos sabem, custam muito mais do que flores...
_ És muito ingrata! – exclamou o Estudante, zangado. E atirou a rosa a sarjeta, onde a roda de um carro a esmagou.
_ Sou ingrata? E o senhor não passa de um grosseirão. E, afinal de contas, quem és? Um simples estudante... não acredito que tenhas fivelas de prata, nos sapatos, como as tem o Capitão da Guarda... – e a moça levantou-se e entrou em casa.
_ Que coisa imbecil, o Amor! – Resmungou o estudante, afastando-se. – Nem vale a utilidade da Lógica, porque não prova nada, está sempre prometendo o que não cumpre e fazendo acreditar em mentiras. Nada tem de prático e como neste século o que vale é a prática, volto à Filosofia e vou estudar metafísica.
Retornou ao quarto, tirou da estante um livro empoeirado e pôs-se a ler...